domingo, 29 de novembro de 2009

O pecado de Moisés e Arão





“Suba ao ponto mais alto do Pisga e olhe para o norte, para o sul, para o leste, e para o oeste. Veja a terra com os seus próprios olhos, pois você não atravessará o Jordão” (Deuteronômio 3:27, NVI).



Leituras da semana: Nm 2021Jo 3:14, 15Tg 4:4-15


Depois de anos de peregrinação no deserto, Israel finalmente alcançou Cades-Barneia, na fronteira meridional da Terra Prometida. Depois de tudo pelo que eles haviam passado, todas as difíceis lições que o Senhor procurou ensinar-lhes, todos os juízos poderosos pronunciados sobre os que se haviam rebelado abertamente, pode-se pensar que esse povo estivesse finalmente preparado para que o Senhor o usasse ao seu pleno potencial. Como sabemos, não foi isso que aconteceu.


Nesta semana, vamos estudar um assunto presente em toda a Bíblia: a misericórdia e a graça de Deus em contraste com a infidelidade, o pecado e a ingratidão de Seu povo. Desde Adão e Eva, no Éden, até a igreja de Laodiceia de hoje (Ap 3:14-18), vemos vez após vez a misericórdia e a graça de Deus ao lidar com os que na maioria das vezes falharam em reivindicar as promessas de vitória, fé e santidade que Ele oferece. 


Ao mesmo tempo, vemos Sua disposição de perdoar aqueles que tropeçam e caem, mesmo os que deveriam saber melhor o que fazer, como o próprio Moisés, que, em momento de debilidade, impaciência e talvez até um pouco de insolência, perdeu de vista o Deus que fizera tanto por ele. Desse modo, se até Moisés pode cair, que dizer de nós outros?







Quando os gigantes caem


Quando a água deixou de fluir no acampamento de Israel em Cades-Barneia, apresentou-se a Israel uma grande oportunidade de olhar para Deus esperando ajuda. Ele sempre lhes havia provido as necessidades no passado, então, por que seria diferente naquela ocasião? Porém, eles depressa esqueceram o passado e se voltaram contra Moisés e Arão com suas antigas reclamações.



1. O que ordenou Deus que Moisés fizesse, e, em lugar disso, o que ele fez? 


Nm 20:1-13  -  Chegando os filhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de Zim, no mês primeiro, o povo ficou em Cades. Ali, morreu Miriã e, ali, foi sepultada. Não havia água para o povo; então, se ajuntaram contra Moisés e contra Arão. E o povo contendeu com Moisés, e disseram: Antes tivéssemos perecido quando expiraram nossos irmãos perante o SENHOR! Por que trouxestes a congregação do SENHOR a este deserto, para morrermos aí, nós e os nossos animais? E por que nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este mau lugar, que não é de cereais, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber? Então, Moisés e Arão se foram de diante do povo para a porta da tenda da congregação e se lançaram sobre o seu rosto; e a glória do SENHOR lhes apareceu. Disse o SENHOR a Moisés: Toma o bordão, ajunta o povo, tu e Arão, teu irmão, e, diante dele, falai à rocha, e dará a sua água; assim lhe tirareis água da rocha e dareis a beber à congregação e aos seus animais. Então, Moisés tomou o bordão de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado. Moisés e Arão reuniram o povo diante da rocha, e Moisés lhe disse: Ouvi, agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros? Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais. Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei. São estas as águas de Meribá, porque os filhos de Israel contenderam com o SENHOR; e o SENHOR se santificou neles.  


Por que esse servo submisso, fiel e dedicado a Deus mostrou tanta falta de fé e confiança?


Sob certo ponto de vista, é fácil entender a frustração de Moisés. Primeiramente, ele acabava de sepultar a irmã, e sem dúvida sentia muita dor por causa disso. Então, teria que ouvir o povo exprimir basicamente as mesmas reclamações de seus antepassados, anos antes? Ainda assim, aos olhos do Senhor, nenhuma dessas desculpas justificava seu comportamento.


“A água jorrou em abundância, satisfazendo a multidão. Mas uma grande falta fora cometida. Moisés falara com sentimento de irritação. ... Quando acusou os israelitas, agravou o Espírito de Deus e apenas fez mal ao povo. Sua falta de paciência e domínio próprio eram evidentes. Assim, foi dada ao povo ocasião para pôr em dúvida que sua atuação passada fora sob a direção de Deus, e desculpar seus próprios pecados. Moisés, bem como eles, havia ofendido a Deus. Sua conduta, disseram, fora desde o princípio passível de crítica e censura. Tinham achado agora o pretexto que desejavam para rejeitar todas as reprovações que Deus lhes enviara mediante Seu servo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 417).


Até o mais fiel e diligente servo do Senhor precisa ser cuidadoso. O que tornava esse pecado ainda pior era que fora cometido por alguém a quem foram concedidos grandes privilégios. Pense em tudo o que Moisés viu sobre o poder de Deus; pense em todas as incríveis revelações do Senhor que, vez após outra, ele havia testemunhado. E ainda, mesmo com tudo aquilo, ele se permitiu exaltar-se e dominar? Que advertência isso deve representar para todos nós!


Pense em alguma ocasião em que se sentiu pressionado ao extremo e fez algo precipitado e pecaminoso. Com que frequência você desejaria ter voltado o relógio e desfeito o dano? Que lições você aprendeu desse incidente para evitar a mesma coisa no futuro?





Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic942009.html

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