domingo, 1 de novembro de 2009

Pingentes azuis





Se você já viu algum judeu ortodoxo, pode ter notado que, debaixo da camisa, eles vestem alguma coisa com borlas brancas. A origem disso é encontrada aqui, na Bíblia.



9. O que o Senhor instruiu Moisés a ensinar que todos os israelitas prendessem em suas vestes? 


Nm 15:38   -  Diga aos israelitas que eles e os seus descendentes ponham pingentes nas pontas das suas capas; e em cada pingente ponham um cordão azul. (NTBLH)



Aparentemente, o uso de borlas de várias cores era uma prática usual entre os povos antigos do Oriente Médio, e Deus adotou essa prática. A “franja” (KJV) ou borla era presa aos quatro cantos das vestes exteriores com uma linha (“ribband” KJV) azul. O moderno manto de oração tem quatro borlas – uma em cada canto, presa em um laço tradicional com linhas brancas e azuis.


10. Que razão foi dada para o uso dessas borlas? Isto é, de que coisas específicas Deus queria que os israelitas se lembrassem? 


Nm 15:39-41  -  Quando vocês virem esses pingentes, lembrarão de todos os mandamentos do SENHOR. E também praticarão esses mandamentos e não serão infiéis, seguindo os desejos do coração de vocês e dos seus olhos.  Os pingentes farão com que vocês lembrem de todos os meus mandamentos e os sigam em tudo. Assim, vocês serão um povo separado só para mim. Eu sou o SENHOR, o Deus que os tirou do Egito para ser o Deus de vocês. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês. (NTBLH)

O verbo lembrar-se aparece duas vezes nestes versos. Cada vez que um israelita visse as borlas, deveria se lembrar de cumprir todos os mandamentos de Deus, e ser santos a Deus (v. 40). Quando tentados a seguir outros deuses – adultério espiritual – o azul nas borlas os chamaria de volta à lealdade jurada a Deus, o Deus que tirara a nação da escravidão egípcia (v. 41).


Aparentemente, mesmo com a presença tão marcante de Deus entre eles, o Senhor queria lhes dar algo ainda mais imediato para ajudá-los a se lembrar do que precisavam fazer.


Embora hoje não usemos borlas, temos algo ainda mais poderoso: a cruz de Cristo, que sempre deve trazer à nossa mente o preço do pecado, o custo de nossa redenção e a promessa de salvação a todos os que, pela fé, confiam nos méritos de Jesus e que seguem “a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).


Como a obediência às palavras de Jesus de “orar a todo tempo” (Lc 21:36) pode ajudar você a se lembrar do que Deus fez por você e do que Ele lhe pede?




Estudo adicional


“Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Temos de reconhecer-Lhe a graça segundo nos é dada a conhecer através dos santos homens da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelar em nós mesmos a atuação de um poder que é divino. Cada indivíduo tem uma vida diversa da de todos os outros, uma experiência que difere essencialmente da sua. Deus deseja que nosso louvor a Ele ascenda, com o cunho de nossa própria individualidade. Esses preciosos reconhecimentos para louvor da glória de Sua graça, quando confirmados por uma vida semelhante à de Cristo, possuem irresistível poder, eficaz para salvação das pessoas” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 347).


Perguntas para reflexão


1. Que princípios importantes podemos tirar da citação acima, de Ellen G. White? Como você entende a ideia de que, mediante uma “vida semelhante à de Cristo”, nosso louvor a Deus pode ser uma influência poderosa para a salvação de outros?

2. Em sua experiência cristã, qual tem sido o resultado de louvar e glorificar a Deus? Por que esta atitude é tão importante?



Resumo: Embora a primeira geração tenha sido condenada a vagar pelo deserto até morrer, o Senhor encorajou Seus filhos a esperar ansiosamente pela vida em Canaã. Por causa disso, o Senhor deu aos israelitas instrução adicional a respeito dos sacrifícios, uma atitude pelos estrangeiros que se convertiam à fé, como lidar com os pecados de ignorância e pecados de aberto desafio e, finalmente, o uso de borlas azuis para as vestes a fim de lembrá-los dos mandamentos de Deus e que sua obediência constituía o caminho único para a felicidade verdadeira.


Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic642009.html

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