quarta-feira, 6 de maio de 2009

“Pecado original”


Frequentemente, os teólogos fazem diferença entre os atos pecaminosos que cometemos e natureza pecaminosa que temos. Todos fomos corrompidos pela queda de Adão; todos somos julgados pecadores, mesmo antes de pecarmos. O rito muito difundido do batismo infantil está relacionado com o reconhecimento dessa crença. A ideia é que uma criança recém-nascida que morre sem ter sido batizada estará perdida eternamente porque era pecadora, e se essa pecaminosidade não foi removida de alguma forma, a criança perderá a vida eterna.


Não existe apoio bíblico para essa prática, nem para a ideia de que uma criança que morrer estará automaticamente condenada à destruição. Agora, é verdade que o “pecado original” de Adão e Eva teve todas as consequências universais que afetam a todos. O pecado entrou o mundo por uma pessoa, e por esse pecado, a morte veio a “todos os homens” (Rm 5:12) - "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram."


6. Como o apóstolo Paulo descreve as poderosas tendências de comportamento pecaminoso com que todos nascemos? Rm 8:7, 87:21-24Qual foi a experiência da realidade dessas tendências em sua própria vida?


Rm 8:7, 8; - "Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus." 


Rm. 7:21-24.   -  "Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?"


Ao longo dos séculos, alguns cristãos declararam haver alcançado um estado de perfeição. Mas aqueles que afirmam isso estão enganando a si mesmos. Essa pretensão é contrária às palavras claras das Escrituras. Citando o Salmo 106:6 Paulo declarou: “Não há justo, nem um sequer” (Rm 3:10). Seu colega, o apóstolo João, foi igualmente inflexível: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos” (1Jo 1:8).


“A santificação não é a obra de um momento, uma hora ou um dia. É um crescimento ininterrupto na graça. Em um dia, não sabemos quão forte será nosso conflito no dia seguinte. Satanás vive e está ativo, e cada dia precisamos clamar fervorosamente a Deus pedindo ajuda e força para lhe resistir. Satanás reina e, por isso, tenho o eu a subjugar, ataques de Satanás a vencer, e não existe lugar de descanso. Não existe ponto a que possamos chegar e dizer que atingimos a perfeição” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 947).


Suponha você que houvesse chegado a um ponto em que tivesse alcançado verdadeiramente a vitória sobre o pecado; isto é, não estaria cometendo nenhum pecado conhecido. Ainda mais, você seria sempre bom, amoroso, generoso e viveria conforme toda a luz que conhecesse. Suponha que você refletisse “perfeitamente” o caráter de Jesus. Por que, mesmo assim, você ainda precisaria de um Salvador cuja justiça seria a única a lhe permitir apresentar-se sem “condenação” (Rm 8:1) diante de Deus?


Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. (Rom. 8:1)






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