quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mas o álcool não é bom para o coração?



Desde o início da década de 1970, tem havido certo debate sobre os benefícios do vinho e do álcool em geral sobre a saúde do coração. Muito se escreveu na imprensa leiga e científica sobre um estudo feito na França a respeito desse assunto. Em anos recentes, uma reanálise dos dados da população francesa e um acompanhamento adicional lançaram dúvida significativa sobre a teoria. O comprovado interesse da indústria de bebida alcoólica manteve o assunto à vista do público. Muitos membros da igreja estão pensando se sua saúde está sofrendo porque não bebem álcool regularmente.


Não existe absolutamente nenhuma literatura mostrando qualquer benefício aparente ou real do álcool sobre a saúde dos jovens. A alegação de aparentes benefícios do álcool sobre a saúde cardiovascular da população de meia-idade foi desafiada com êxito na recente literatura científica.


Nos estudos que mostraram o aparente benefício, indivíduos que anteriormente haviam sido bebedores de álcool foram incluídos no grupo de controle como não-bebedores; alguns desses haviam deixado de beber por causa de problemas de saúde relacionados com o álcool. Esses mesmos indivíduos do grupo de controle, em geral, tinham saúde mais deficiente que os bebedores.


A reanálise dos dados, corrigindo esses defeitos no projeto de estudo, mostrou não haver benefícios demonstráveis para a saúde por beber moderadamente, em comparação com os não bebedores. Ademais, uma análise mais acurada dos grupos estudados mostrou que aqueles que pertenciam ao grupo dos bebedores moderados, e que originalmente se pensava terem melhores resultados de saúde, tinham outras diferenças quanto ao grupo de controle. Eles tinham melhor alimentação, exercitavam-se regularmente, mantinham uma situação sócio-econômica mais elevada e tinham melhor acesso a cuidados de saúde. Sabe-se há muito que esse conjunto de circunstâncias está associado a melhor saúde e longevidade. Conforme esses estudos, os benefícios não se deviam à ingestão moderada de bebidas, mas a outras práticas de estilo de vida.


Como somos abençoados por ter uma mensagem de saúde que nos adverte em detalhes contra a destruição causada por esses venenos, mesmo antes de os epidemiologistas saberem disso! Como é perigoso procurar o que se torna um benefício de saúde inexistente em troca de um largo espectro de efeitos perigosos do álcool, desde a perda da habilidade motora e julgamento até a potencial destruição causada por trauma, violência, acidentes, violência doméstica, cirrose, câncer, vício e até demência!





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