Mas, evidentemente, não é isso que texto diz. Como perguntamos antes, como a lei moral poderia ser revogada e o pecado ainda ser uma realidade? Pois é a lei moral que define o pecado! Se você ler tudo o que veio antes em Romanos, mesmo no capítulo 6, seria difícil ver como, em meio a toda essa discussão sobre a realidade do pecado, de repente, Paulo dissesse: “Além disso, a lei moral, dos Dez Mandamentos, que definem o pecado, foi abolida”. Isso não faria nenhum sentido.
Paulo estava dizendo aos romanos que a pessoa que vive “sob a lei” – que está sob o regime judaico, de acordo com o que era praticado em seus dias, com todas as suas regras e regulamentos humanos – será governada pelo pecado. Em contraste, aquele que vive sob a graça terá vitória sobre o pecado, porque a lei está escrita em seu coração, e o Espírito de Deus guia seus passos. Aceitando Jesus Cristo como o Messias, sendo justificado por Ele, sendo batizado em Sua morte, tendo o “velho homem” sido destruído, ressuscitando para andar em novidade de vida – essas coisas destronarão o pecado de nossa vida. Lembre-se: esse é todo o contexto em que este verso aparece, o contexto da promessa de vitória sobre o pecado.
Não devemos definir “debaixo da lei” muito restritivamente. Quem vive supostamente “debaixo da graça” mas desobedece à lei de Deus não encontrará graça, mas condenação. “Debaixo da graça” significa que, pela graça de Deus, revelada em Jesus, a condenação que a lei traz inevitavelmente aos pecadores foi removida. Deste modo, agora livres dessa condenação da morte trazida pela lei, vivemos em “novidade de vida”, caracterizada e manifesta pelo fato de que, sendo mortos para o eu, não mais somos escravos do pecado.
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