Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. Romanos 5:1-2
Sentir: Regozijo na paz que temos, apesar de nossas provações, por causa da esperança e amor demonstrados pelo Espírito.
Fazer: Aceitar o dom da graça que Cristo oferece a fim de viver como alguém que foi justificado diante de Deus.
I. Pecado por meio de Adão, graça por meio de Cristo
A. Toda a humanidade está condenada à morte por causa de nosso pai Adão. Por que o ato de justiça de Cristo, em nosso favor, torna possível fazer parte da família de Deus?
B. Se a morte de Cristo nos reconcilia com o Pai, que mais Sua vida realiza por nós?
II. Regozijar-se na esperança e no amor
A. Cristo viveu e morreu por nós, mas ainda estamos neste mundo de dor e morte. No entanto, por que podemos nos regozijar em nossos sofrimentos?
B. O que o Espírito derrama em nosso coração, nos ajudando a viver uma realidade diferente agora, ou seja, a realidade da vida eterna?
III. Dom puro
A. Que significado tem o fato de que o dom de graça é maior que as tribulações e ameaças de morte?
B. Por quais atividades diárias podemos demonstrar que nos alegramos na graça de Deus?
Resumo: Embora todos sofram as consequências do pecado, podemos escolher um conjunto diferente de consequências, as da paz, esperança e amor que são resultados da justiça de Cristo.
O desejo humano de aceitação parece insaciável. Bilhões de reais são gastos com cosméticos, cuidados com os cabelos e cirurgias plásticas a fim de tornar alguém aceitável diante dos outros – para não mencionar os excessos da moda, projetos de casa e automóveis. Os adolescentes importunam seus pais pedindo roupas de grife (uma obrigação para não se tornarem párias sociais) e outras “necessidades” semelhantes por causa do forte medo de não ser aceitos.
Infelizmente, muitos nunca vencem esse medo. Portanto, não é de admirar que muitos achem impossível crer que existe um Deus que nos aceita assim como somos, “sem discutir”! Assim, nosso comportamento é moldado, não pelo desejo de fazer o que é certo mas pelo medo mórbido de que Deus nos exclua do Céu se deixarmos de “andar na linha”. Quantas pessoas temerosas afastaram outras de Deus dizendo que Ele não pode aceitá-las se comerem isso ou vestirem saias que cheguem acima dos joelhos ou cometerem alguma gafe? Mais importante, como podemos convencer essas pessoas que foram feridas desse modo de que Deus não é assim e que Ele aceita de boa vontade qualquer pessoa que aceite o convite da cruz de Cristo – a cruz que nos oferece participação eterna em Sua família?
Atividade: Façam uma lista honesta de coisas que fazem para se tornar aceitáveis diante dos outros. Isso pode incluir coisas em que elas gastam dinheiro, mas também pode incluir coisas que elas fazem, como concordar com pessoas quando realmente não concordam, etc. A seguir, faça uma lista honesta de coisas que Deus o aceite. Finalmente, compartilhe algumas das coisas “seguras” em sua lista.
Comente: Compare o fardo da aceitação social com a liberdade da aceitação incondicional.
Comentário bíblico
I. Justificados
A lição afirma corretamente que a palavra “justificados” é traduzida com maior precisão “tendo sido justificados”. A ação é completa. Paulo escolheu usar metáforas legais no livro de Romanos para explicar como Deus nos aceita. Paulo e os outros escritores do Novo Testamento usaram uma variedade de metáforas para explicar o conceito de salvação. Por isso, não é inconcebível que em nossos dias ele pudesse ter usado um modelo familiar a nós. Nesse caso, poderíamos traduzir Romanos assim: “Visto que você já está legalmente absolvido” ou “você já foi legalmente aceito como parte da família de Deus”. Esse é um fato realizado; portanto, é claro que não existe nada que possamos fazer para que aconteça. Já aconteceu. Estamos legalmente absolvidos e aceitos na família de Deus; portanto, temos acesso às ferramentas que Deus nos oferece a fim de nos tornarmos mais semelhantes a Jesus.
Podemos não ficar imediatamente emocionados quando vemos as ferramentas de Deus. A primeira mencionada aqui é o sofrimento (problemas e provações). A madeira e o prego podem erguer fortes objeções à ação da serra e do martelo! Mas, a partir deles, nas mãos de um Carpinteiro Mestre, pode ser construído algo útil e belo. O sofrimento nos ensina a depender de Jesus e nos protege contra a tentação da arrogância e importância própria. Ainda mais surpreendente é a afirmação de Paulo (Rm 8:17 - Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados) de que o sofrimento nos torna co-herdeiros de Cristo. Os que desejam compartilhar a glória de Cristo deverão estar dispostos a compartilhar Seu sofrimento (veja também 1Pe 4).
As provas, ao nos forçar a exercitar os músculos da fé, desenvolvem resistência. Os melhores corredores passam um tempo considerável treinando em colinas porque as subidas mais acentuadas fornecem o maior benefício, embora o treinamento não seja dos mais fáceis. A resistência produz caráter forte. Não é surpresa que os melhores corredores de fundo atribuem seu sucesso em esforços acadêmicos, no trabalho, e até na sociabilidade, à disciplina que cultivaram no treinamento sistemático de corrida. Igualmente, cristãos perseverantes atribuem seu sucesso espiritual à disciplina cultivada ao enfrentar provações na companhia de Jesus. Por sua vez, o caráter forte provê “confiante esperança”. Quando o jogo de vôlei está no “tie-break”, o treinador experiente põe o resultado do jogo sobre os ombros de seus veteranos, não dos neófitos. Foram eles que passaram por todos os altos e baixos e cultivaram calma confiança como resultado. Uma vida cheia da ação de Deus nas pequenas colinas dá confiança em Seu apoio quando surgem as montanhas.
Pense nisto: Como o sofrimento o capacitou a ter uma comunhão mais íntima com Jesus? O sofrimento o levou a questionar sua posição como membro da família de Deus ou confirmou que você está no mesmo lado de Deus? Seu testemunho por Cristo seria maior se você tivesse uma vida fácil ou seria mais fácil se caminhasse com Cristo ao longo de muitas provações?
Atividade: Discuta o que vocês podem dizer para ajudar as pessoas a se regozijar nas situações a seguir.
A. Charlotte não pode acreditar que Deus a aceitou. Ela tem câncer terminal e é mãe solteira de três crianças pequenas com idade abaixo de 10 anos. A tia, que se intitula pastora, lhe disse que, se ela for uma verdadeira filha de Deus e se tiver fé suficiente, Ele a curará. O médico lhe dá de seis a doze meses de vida.
B. Beto acaba de sair da cadeia, onde passou metade da vida cumprindo pena por assassinato. Ele se arrepende de seus pecados mas, por causa de seu passado, não pode crer que Deus o possa salvar.
C. Marlene está ressentida porque sempre fez tudo no melhor de suas habilidades. Ela perdeu o emprego porque se recusou a trabalhar no sábado. Deixou de comer muitos de seus alimentos prediletos porque queria “santificar o templo de seu corpo”. Ela proibiu os colegas do marido de irem jogar em sua casa para que o mau exemplo não prejudicasse os filhos. O marido saiu de casa, e os filhos querem viver com ele. O advogado diz que, visto que ela não tem renda própria, provavelmente o tribunal dará a guarda dos filhos ao marido. Ela quer saber por que Deus a abandonou.
Quando reivindicamos as promessas de Deus, Ele sempre nos atende da forma que esperamos?
Como as provações e o sofrimento podem formar em nós a imagem de Cristo?
Como podemos desenvolver confiança calma e esperança em Deus de forma que as provações não nos tentem a duvidar de que somos aceitos por Ele?
Testemunhando
Quando cresceu, uma das motivações primárias de Daniel para um viver “justo” era o desejo de não fazer nada que envergonhasse os pais (pelo menos, não ser apanhado fazendo essas coisas!). Sendo neto de agricultores imigrantes que trabalhavam em terras alheias, ele apreciava os esforços de seus pais para erguer seu padrão de vida e fornecer um ambiente seguro para a família. Em alguns casos, ele aceitava as escolhas e preferências dos pais – embora nem sempre alegremente – por respeito a eles (não estamos falando de questões de consciência ou moral). Porém, deve ser entendido que os pais não o forçavam a agir de conformidade com seus princípios. Era uma decisão voluntária, com base na aceitação dentro da família.
A relação de Daniel com Deus foi moldada pelas mesmas circunstâncias. Muitas vezes, ele evitou fazer coisas erradas porque sentia que, se cedesse à tentação, daria a Satanás a oportunidade de envergonhar Deus por ser tão bondoso para com alguém que era indigno. Ele considerava o amor de Deus uma motivação muito mais forte para viver corretamente do que as ameaças das chamas do inferno, reprovação da igreja, ou até de reprovação pública.
Pense nisto: Como podemos determinar se nossa motivação de comportamento correto é o medo de Deus ou o fato de Ele já nos ter aceito como filhos?
Atividade: Usando as histórias de como Deus o guiou ao longo de provações e lutas até alcançar calma confiança em sua posição como filhos de Deus, desenvolva um pequeno folheto como ferramenta de testemunho a ser compartilhado com amigos, vizinhos, colegas de trabalho, empregados e parentes (para mencionar só alguns).
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