A resposta é: Não! Novamente, devemos ter em mente que a palavra lei, para Paulo, é todo o sistema introduzido no Sinai, o que incluía a lei moral mas não estava limitado a ela. Consequentemente, Paulo podia citar um dos Dez Mandamentos, como também qualquer outra parte de todo o sistema judaico, a fim de demonstrar seus argumentos. Porém, quando o sistema findou, na morte de Cristo, a lei moral, que existia mesmo antes do Sinai e existe depois do Calvário, não estava incluída.
Deste modo, Paulo explicou, ele não teria sabido se era pecado cobiçar sem ter sido informado desse fato pela “lei”. Sendo o pecado a violação da vontade revelada de Deus, onde a vontade revelada é desconhecida, não existe consciência do pecado. Quando essa vontade revelada é tornada conhecida para uma pessoa, ela vem a reconhecer que é pecadora e está sob condenação e morte. Neste sentido, a pessoa morre.
Na linha de argumentação de Paulo, aqui e ao longo dessa seção, ele está tentando construir uma ponte para levar os judeus – que veneravam a “lei” – a ver Cristo como seu cumprimento. Ele está mostrando que a lei era necessária mas que sua função era limitada. A lei deveria mostrar a necessidade de salvação; nunca foi criada para ser o meio de obter essa salvação.
“O apóstolo Paulo, relatando sua experiência, apresenta uma verdade importante quanto ao que acontece na conversão. Ele diz: ‘sem a lei, eu vivia’ – e ele não sentia nenhuma condenação; ‘mas, sobrevindo o preceito’, quando a lei de Deus foi apresentada a sua consciência, ‘reviveu o pecado, e eu morri’. Então, ele se viu como pecador, condenado pela lei divina. Note isto: foi Paulo, e não a lei, que morreu” (Comentários de Ellen G. White, The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.076).
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