Romanos 6:23 “é citado frequentemente para mostrar que o salário do pecado – isto é, da transgressão da lei – é a morte. Certamente, a penalidade do pecado é a morte. Mas, além de ver a morte como penalidade do pecado, devemos ver o pecado como Paulo o descreve em Romanos 6 – um senhor dominando seus servos, ludibriando-os e lhes pagando com o salário da morte.
Note igualmente que, no desenvolvimento da figura dos dois senhores, Paulo chama a atenção para o fato de que, quando passamos a servir a um senhor, somos dispensados do serviço ao outro. Novamente, vemos a escolha clara: ou um ou o outro. Não existe meio-termo. Ao mesmo tempo, como todos sabemos, estar livres do domínio do pecado não significa que não mais podemos pecar, não significa que não temos lutas e que, às vezes, até caímos. Significa, sim, que não somos mais dominados pelo pecado, por mais real que ele seja em nossa vida, e reivindicamos diariamente as promessas de vitória sobre ele.
Assim, essa passagem se torna um poderoso apelo a qualquer pessoa que esteja servindo ao pecado. Esse tirano não oferece nada mais que morte como pagamento por fazermos coisas vergonhosas; então, uma pessoa racional deve desejar emancipação desse tirano. Em contraste, os que servem à justiça praticam coisas que são corretas e louváveis, não com a ideia de obter deste modo a salvação, mas como fruto de sua nova experiência. Se eles agirem na tentativa de conquistar a salvação, terão perdido todo o sentido do evangelho, todo o sentido do que significa a salvação e por que precisam de Jesus.
“No batismo, comprometemo-nos a romper toda conexão com Satanás e seus agentes, e dedicar coração e mente à obra de estender o reino de Deus. ... O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão empenhados em cooperar com os instrumentos humanos santificados” (Comentários de Ellen G. White, The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.075).
“A profissão de cristianismo, sem a fé e as obras correspondentes, de nada aproveitará. Homem algum pode servir a dois senhores. Os filhos do maligno são servos de seu senhor; de quem se fazem servos para lhe obedecer, desses são servos (Rm 6:16), e não podem ser servos de Deus enquanto não renunciarem ao diabo e a todas as suas obras. O envolvimento nos prazeres e diversões em que se empenham os servos de Satanás não pode ser inofensivo para os servos do Rei celestial, embora repitam muitas vezes que tais diversões são inocentes. Deus tem revelado verdades santas e sagradas para separar Seu povo dos ímpios e purificá-lo para Si. Os adventistas do sétimo dia devem viver sua fé” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 404)
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