terça-feira, 17 de agosto de 2010

Livres da morte




9. Que batalha tinha Paulo em seu cristianismo? 
Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.      Rm 7:21-23.  

Essa batalha é característica só dos que não são convertidos? É possível que um cristão tenha as mesmas lutas?
Nesta passagem, Paulo compara a lei em seus membros (seu corpo) com a lei do pecado. “Segundo a carne”, diz Paulo, ele servia à “lei do pecado” (Rm 7:25). Mas servir ao pecado e obedecer à sua lei significa morte (veja v. 10, 11, 13). Consequentemente, seu corpo – que agora agia em obediência ao pecado – podia ser descrito apropriadamente como “o corpo desta morte”.

A lei da mente é a lei de Deus, revelação que Deus faz de Sua vontade. Sob a convicção do Espírito Santo, Paulo consentia com essa lei. Sua mente decidia guardá-la, mas, quando tentava, ele não podia, porque seu corpo queria pecar. Quem nunca sentiu essa mesma luta? Em sua mente você sabe o que quer fazer, mas sua carne clama por outra coisa qualquer.

10. Como podemos ser salvos dessa situação difícil em que nos achamos? 
Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecadoRm 7:24-25
Alguns têm indagado por que, depois de alcançar o clímax glorioso na expressão “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor”, Paulo se referiu uma vez mais às lutas de que aparentemente tinha sido liberto. Alguns entendem a expressão de ação de graças como uma exclamação entre parênteses. Acreditam que essa exclamação segue naturalmente o grito: “Quem me livrará?” Acreditam que, antes de continuar com a discussão ampliada da libertação gloriosa (Romanos 8), Paulo resume o que disse nos versos anteriores e confessa uma vez mais o conflito contra as forças do pecado.

Outros sugerem que por “eu, de mim mesmo” Paulo quer dizer: “deixado a mim mesmo, deixando Cristo fora do quadro”. De qualquer forma que sejam entendidos esses versos, uma coisa deve permanecer clara: entregues a nós mesmos, sem Cristo, somos impotentes contra o pecado. Com Cristo, temos nova vida nEle, em que – embora o eu ressurja constantemente – as promessas de vitória são nossas se escolhermos reivindicá-las. Assim como ninguém pode respirar por você, tossir por você nem espirrar por você, ninguém pode se render a Cristo por você. Só você pode fazer essa escolha. Não existe outro caminho para atingir as vitórias que nos são prometidas em Jesus.


                                                        Estudo adicional

Leia Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 212-215, “A Lei Perfeita”; p. 308-310, “Um Divino Portador de Pecados”; A Ciência do Bom Viver, p. 84, 85: “A Cura da Alma”; p. 452-454: Buscar o Verdadeiro Conhecimento; Minha Consagração Hoje [MM 1989], p. 323: “A Vitória de Cristo Redime o Pecado de Adão”.

Não há segurança nem repouso nem justificação na transgressão da lei. Não pode o homem esperar colocar-se inocente diante de Deus e em paz com Ele, mediante os méritos de Cristo, se ao mesmo tempo continua em pecado” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 213).

Paulo desejava que seus irmãos vissem que a grande glória de um Salvador que perdoa os pecados dava significado a todo o sistema judaico. Desejava também que eles vissem que, quando Cristo veio ao mundo e morreu como sacrifício pelo ser humano, o tipo encontrou seu antítipo.

“Depois que Cristo morreu na cruz como oferta pelo pecado, a lei cerimonial não mais teve força alguma. Mas estava conectada com a lei moral, que era gloriosa. O todo levava o selo da Divindade e expressava a santidade e justiça de Deus. E se o ministério da dispensação a ser encerrado já era glorioso, quanto mais seria gloriosa a realidade, quando Cristo fosse revelado, dando Seu Espírito vivificante e santificador a todos os que cressem!
(Comentários de Ellen G. White, The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.095).

Perguntas para consideração

Quem acha você que é o homem de Romanos 7? Paulo, antes ou depois da conversão? Ou este capítulo fala de alguma outra coisa completamente diferente? Que explicação você tem para sua resposta? Comente em classe as respostas dadas.



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