Verso para Memorizar: “O pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça” (Romanos 6:14, NVI).
Tendo acabado de expor a justificação pela fé, independentemente das obras da lei, Paulo prossegue respondendo à pergunta natural: Se as obras não nos podem salvar, por que nos aborrecer com elas? Por que não continuar pecando?
O capítulo 6 é a resposta a essa importante pergunta. Aqui, Paulo trata do que é entendido comumente como “santificação”, o processo pelo qual vencemos o pecado e refletimos cada vez mais o caráter de Cristo. Mas a palavra santificação, em si, não aparece em nenhum lugar em Romanos. (A palavra santificada ocorre uma vez, em Romanos 15:16 para que eu seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus, de modo que a oferta deles seja aceitável, uma vez santificada pelo Espírito Santo)
Significaria isso que Paulo não tem nada a dizer sobre o que é comumente entendido por santificação? Absolutamente! Ele simplesmente não se refere a esse processo por essa palavra.
Na Bíblia, “santificar” significa “dedicar”, normalmente a Deus. Assim, ser santificado é frequentemente apresentado como um ato completado no passado. Por exemplo, “todos os que são santificados” (At 20:32). “Nessa definição, os santificados são os dedicados a Deus.
Mas esse uso bíblico de “santificar” de maneira nenhuma nega a importante doutrina da santificação nem o fato de que a santificação é a obra de toda a vida. A Bíblia endossa fortemente essa doutrina, mas geralmente usa outras palavras para descrevê-la.
Nesta semana, vamos estudar outro lado da salvação pela fé, que facilmente pode ser mal entendido: as promessas de vitória sobre o pecado na vida de alguém que foi salvo por Jesus.
Graça abundante
Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, Romanos 5:20, Paulo faz uma declaração poderosa: “Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça”. Seu argumento era que não importa quanto pecado haja ou quão terríveis sejam seus resultados, a graça de Deus é suficiente para lidar com ele. Que esperança isso deve trazer a cada um de nós, especialmente quando somos tentados a sentir que nossos pecados são muito grandes para ser perdoados! No verso seguinte, Paulo mostra que, embora o pecado leve à morte, a graça de Deus em Jesus derrotou a morte e nos dá a vida eterna.
1. Qual é a resposta de Paulo aos que argumentam que, então, podemos viver em pecado?
1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?
2 De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?
3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?
4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.
5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,
6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;
7 porquanto quem morreu está justificado do pecado.
8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,
9 sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele.
10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Rm 6:1-11
Paulo segue uma interessante linha de raciocínio no capítulo 6, dizendo por que uma pessoa justificada não deve pecar. Para começar, ele diz que não devemos pecar porque morremos para o pecado. Então, ele explica o que significa isso.
A imersão nas águas do batismo representa o sepultamento. O que é sepultado? O “velho homem” do pecado – isto é, o corpo que comete pecado, o corpo dominado ou governado pelo pecado. Como resultado, esse “corpo do pecado” é destruído, de forma que não mais servimos ao pecado. Em Romanos 6, o pecado é personificado como um senhor que governa sobre seus servos. Uma vez que o “corpo do pecado” que servia ao pecado é destruído, cessa o domínio do pecado sobre ele. A pessoa que ressurge da sepultura aquática surge como uma nova pessoa que não mais serve ao pecado. Agora, anda em novidade de vida.
Cristo morreu por todos nós, de uma vez por todas, mas, agora, está vivo para todo o sempre. A morte não mais teve domínio sobre Ele. Assim, o cristão que é batizado morre para o pecado de uma vez por todas e nunca mais deve cair sob seu domínio.
Evidentemente, como qualquer cristão batizado sabe, o pecado não desaparece automaticamente de nossa vida assim que saímos da água. Não viver sob o domínio do pecado não é o mesmo que não ter que batalhar contra ele. Temos uma batalha diária, momento a momento para nos manter mortos para o pecado e vivos para Cristo. Embora as promessas de vitória estejam lá, devemos reivindicá-las – pela fé. Sempre devemos nos lembrar, também, de que a graça de Deus é abundante, mesmo quando pecamos. Se não, que esperança alguns de nós teríamos, mesmo depois de batizados?
Qual foi sua experiência com o poder do pecado, mesmo depois do batismo? Que escolhas estão permitindo que o pecado tenha sobre você o poder que não deveria ter, apesar de todas as promessas bíblicas de vitória sobre ele?
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