sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Amor e lei (estudo nº 12)




Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2).

Leituras da semana: Romanos 12, 13

Por mais que Paulo buscasse tirar dos romanos as falsas noções da lei, ele também chamava todos os cristãos a um padrão elevado de obediência. Essa obediência provém da mudança interior de nosso coração e mente, possível apenas pelo poder de Deus, que opera em quem se submete a Ele.

A epístola aos Romanos não contém nenhuma sugestão de que essa obediência sobrevenha automaticamente.
O cristão precisa ser iluminado quanto a quais são esses requisitos; deve estar disposto a obedecer-lhes; e, finalmente, o cristão deve buscar o poder sem o qual essa obediência é impossível.

O que isso significa é que as obras são parte da fé cristã. Nunca foi intenção de Paulo depreciar as obras. Nos capítulos 13 a 15, ele dá uma forte ênfase às obras. Essa não representa qualquer negação do que ele havia dito anteriormente sobre a justificação pela fé. Ao contrário,
as obras são a verdadeira expressão do que significa viver pela fé. Pode-se até dizer que, pela revelação acrescentada depois da vinda de Jesus, os requisitos do Novo Testamento são ainda mais difíceis de cumprir do que os do Antigo. Os crentes do Novo Testamento receberam um exemplo do apropriado comportamento moral em Jesus Cristo. Ele e ninguém mais é o padrão que devemos seguir. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em” – não Moisés, não Daniel, não Davi, não Salomão, não Enoque, não Débora, não Elias – mas “Cristo Jesus” (Fp 2:5).

O padrão não pode ser mais elevado que esse.       

                                               Sacrifícios vivos


Com o capítulo 11, termina a parte doutrinária do livro de Romanos. Os capítulos 12 a 16 apresentam instruções práticas e notas pessoais. Não obstante, esses capítulos finais são extremamente importantes, porque mostram como deve ser vivida a vida de fé.

Para os iniciantes, a fé não é um substituto da obediência, como se, de alguma forma, a fé invalidasse nossa obrigação de obedecer ao Senhor. Os preceitos morais ainda estão em vigor; eles são explicados e até ampliados no Novo Testamento.
E não nos é dada nenhuma indicação de que o cristão terá facilidade para regular a vida por esses preceitos morais. Ao contrário, somos informados de que, às vezes, pode ser difícil, pois a batalha contra o eu e o pecado é sempre difícil (1Pe 4:1). As boas-novas são que, se cairmos, se tropeçarmos, não seremos rejeitados, mas temos um Sumo Sacerdote que intercede por nós (Hb 7:25).

Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. 1Pe 4:1

Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus,   (Hb 7:25).

 1. Que semelhanças Paulo destaca entre os sacrifícios do Antigo Testamento e do Novo? Que diferenças existem? 

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm 12:1-2

Em Romanos 12:1, Paulo se refere aos sacrifícios do Antigo Testamento. Assim como, antigamente, os animais eram sacrificados a Deus, agora, os cristãos devem render o corpo a Deus, não para ser morto, mas como sacrifício vivo dedicado a Seu serviço.

Nos tempos do antigo Israel, todas as ofertas levadas ao templo como sacrifício eram examinadas cuidadosamente. Se fosse descoberto qualquer defeito no animal, este era recusado; pois Deus havia ordenado que a oferta fosse sem mancha. Da mesma forma, os cristãos são convidados a apresentar seus corpos “
por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. A fim de fazer isso, todas as suas faculdades devem ser preservadas na melhor condição possível. Embora nenhum de nós esteja sem defeito, a lição é que devemos buscar viver tão imaculada e fielmente quanto pudermos. 



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