sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Amor e lei (resumo do estudo nº 12)




O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. Romanos 13:10

Conhecer: Os resultados da fé sobre a nossa vida, refletindo-se na maneira de tratar os outros.
Sentir: Respeito e amor fraternal de uns para com os outros.
Fazer: Usar sabiamente os dons a serviço do corpo de Cristo.

Esboço

I. Dotados para o serviço
A. Por que nossa vida é uma oferta diária de adoração e obediência a quem deu a vida por nós?
B. Como essa oferta de obediência e adoração a Deus deve ser expressa em nosso comportamento diário?
C. Por que é tão importante cuidar do corpo de crentes em Cristo?
D. A maneira de nos relacionarmos uns com os outros é uma consequência de nossa fé no que Deus fez por nós.

II. O amor cumpre a lei
A. Como o sentimento de amor para com os outros se relaciona com as ações de amor?
B. O tratamento amável para com os outros é o cumprimento da lei.
C. Neste contexto, como o amor está relacionado com a fé?

III. Servindo ao corpo de Cristo
A. Cada um de nós recebeu um dom para servir e construir o corpo de Cristo
B.Quais dons são mais necessários em nossa igreja?
C-Como você pode usar amorosamente seus dons, ao mesmo tempo em que valoriza as contribuições dos outros?

Resumo: 
Nosso modo de valorizar, nutrir e servir aos outros é um ato espiritual de adoração. Quando aceitamos pela fé o dom gracioso de Deus, estendemos aos outros Seu amor e misericórdia e cumprimos os requisitos da lei de nos amar mutuamente.

 

O resultado de um relacionamento apropriado com Deus é um relacionamento satisfatório com a criação de Deus.


Referindo-se às causas primárias das divisões dentro da igreja romana, Paulo escreveu sua exposição mais completa quanto à natureza da redenção. Não existe motivo para superioridade dentro da igreja, porque tanto judeus como gentios recebem a salvação de idêntica maneira – confiando na obra de Cristo completa no Calvário para a expiação (perdão) dos pecados. Não existe caminho alternativo para o Céu, e nenhum montante de bondade terrestre pode comprar a salvação. Essa compreensão da redenção constitui a base da parte final do livro em que Paulo esboça os resultados práticos da graça de Deus em nossa vida. Ele discute a natureza de nosso relacionamento com outros fiéis, com nossos inimigos e com os governos terrenos. O amor, fator crucial, é o padrão pelo qual devem ser medidas todas as escolhas relativas aos relacionamentos. O amor é o padrão pelo qual essas escolhas serão julgadas. A lei pode definir os comportamentos superficiais, prontamente visíveis, mas só o amor define o coração.

Atividade de abertura: Pegue dois carros de brinquedo. O primeiro deve ter rodas em funcionamento, mas sem motor. O segundo deve ser um carro de controle remoto. Seria melhor que os carros tivessem aproximadamente o mesmo tamanho. Primeiro, comente as semelhanças de aparência. (Por exemplo, os dois têm rodas, chassi, parabrisa, parachoques, etc.) Por fora, eles são quase a mesma coisa. Depois, discuta as diferenças. (Por exemplo, um tem motor, outro, não; um tem uma fonte de energia, o outro, não; um tem controle remoto, etc.) Depois, compare o bom cidadão com o cristão controlado pelo Espírito. Primeiro, discuta as semelhanças de sua aparência e ações. Em seguida, comente as diferenças.

Pense nisto: Enquanto apreciamos as boas ações dos não conversos, o que o cristão tem e que falta a esses? Quando a estrada é fácil (em declive), o carro não motorizado pode correr, assim como o carro de controle remoto; mas só o que tem energia pode se mover no plano ou numa subida. Quando a estrada fica difícil, que vantagem tem sobre o bom cidadão o cristão que recebe o poder do Espírito?

Compreensão
Ao contrário de muitos ensinos mitológicos que existiam no mundo antigo, o ensino bíblico sempre se traduz em propósitos práticos. Ele existe para transformação, não só para entretenimento. A redenção é o catalisador de vidas transformadas. As relações não são somente melhoradas – elas são restauradas. Paulo passa a estabelecer os padrões que definem as metas de todo esforço cristão. Realizações impossíveis sem a prometida capacitação e controle espiritual de Deus se tornam realizações que se esperam de todo cristão sincero. Como seria diferente o mundo se os cristãos em todos lugares aceitassem essas advertências! Como o cristianismo se tornaria atraente se nossa vida refletisse esses valores?
Comentário bíblico

I. Sacrifício vivo
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.        Rm 12:1-2

Alguns enxergaram o dualismo grego nos escritos de Paulo, supondo que seu espinho na carne e elevação de Espírito indicavam desprezo pelos aspectos físicos do ser. Nada pode estar mais longe da verdade. Esses versos destacam a importância de nosso corpo. Certamente, essa passagem reflete os rituais dos sacrifícios do templo por meio dos quais um animal limpo era sacrificado e oferecido ao Senhor. Paulo agora recomenda a seus leitores que ofereçam seus corpos como “sacrifício vivo”. Evidentemente, a referência de Paulo à palavra carne, representando metaforicamente a totalidade da existência humana sem Deus, não se destinava a depreciar a importância espiritual do corpo. Ao abrigar as faculdades mentais, sociais, físicas, emocionais e espirituais, o corpo está completamente submetido a Deus – “sacrificado”. No entanto, requer-se dos cristãos que ofereçam sacrifícios vivos, e não mortos.

Pense nisto: Quais são as implicações espirituais de alguém se tornar “sacrifício vivo”? De que forma esse oferecimento do eu a Deus representa nosso serviço lógico, racional ou razoável? Que características dos sacrifícios vivos bíblicos – Cristo e Isaque – podemos imitar?

II. Pensando de si mesmo
(Recapitule - Rm 12:3-21.)

Tendo se referido anteriormente ao fundamento das divisões na igreja, Paulo passa para a solução, que inclui humildade no serviço. Comparando com as epístolas aos Coríntios, descobrimos ênfases semelhantes: a unidade e importância de várias “partes do corpo” e a distribuição divina dos dons espirituais (charismata) concedidos aos fiéis para permitir um serviço amoroso (1Co 12:12-31). O serviço estendido além da hospitalidade aos fiéis inclui a bondade sacrifical para com os perseguidores dos cristãos. Sem dúvida, Paulo se lembrava de ter sido ele mesmo perseguidor dos fiéis, e da bondade destes para com ele. Essas habilidades foram dadas, não para glorificação própria mas para edificar e aumentar o reino de Deus.

Pense nisto: Qual é o resultado de uma atitude humilde e de serviço amoroso sobre uma congregação dividida? De onde deve se originar essa atitude? Como Deus vê os fiéis que não fazem uso de suas habilidades espirituais?

III. Relação para com o governo
(Recapitule Rm 13:1-7)

A responsabilidade cristã se estende às relações governamentais. Lembra-se do que Jesus disse: “
Dai... a César o que é de César” (Mt 22:21)? Conta a lenda que um legislador do Texas exclamou: “Vamos deixar o governo fora de nosso negócio!” Só se pode esperar que o pastor dele tenha feito um sermão sobre essa passagem e corrigido sua atitude rebelde. Os governos são ordenados por Deus. Até mesmo governos ineficazes são preferíveis à anarquia.

A cooperação com as autoridades governamentais (inclusive o pagamento honesto dos impostos) faz parte do mandado ético dos cristãos. Obviamente, isso não inclui a perda dos valores espirituais nem a violação dos mandamentos divinos.

Pense nisto: 
Como determinar quais condições tornam incompatível o serviço tanto ao conselho divino como aos interesses nacionais? Sob essas circunstâncias, qual deve ser nossa atitude apropriada?

IV. Mais perto do que quando cremos
(Recapitule Rm 13:11-14.)

É interessante como costumamos nos comportar bem quando estamos perto das pessoas responsáveis pelo cumprimento da lei! Todo motorista que pretende conservar a habilitação reduz a velocidade quando avista um policial. Certamente, a proximidade dAquele que nos ama também traz à tona um comportamento submisso. Paulo cita a “proximidade”, a volta iminente de Cristo, como motivação para o viver justo. Portanto, “
comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja” (v. 13, NVI).

Pense nisto: 
O que provê motivação mais forte para o viver cristão – a segunda vinda de Cristo ou Sua presença diária em nossa vida?

Aplicação
A incumbência humana de glorificar a Deus e viver em paz com as criaturas de Deus é descrita por uma palavra: amor. O comportamento humano, sendo influenciado por múltiplos fatores, deixa de revelar completamente o conteúdo do coração

Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.   Mt 7:22-23).

Frequentemente, esplêndidos “desempenhos” são motivados por propósitos egoístas. O comportamento e a aparência devem ser substituídos pela genuína religião do coração. A menos que nossa devoção ultrapasse em muito a pretensão dos fariseus, nunca entraremos no reino do Céu. Qualquer coisa que esteja abaixo do padrão de amor genuíno não é satisfatória nem a Deus nem para nós. Compare o amor genuíno com o ilegítimo no diálogo abaixo.
Atividade: Leia o diálogo entre o carro de controle remoto (CR) e o carro sem motor (SM).

SM – Ei, veja, amigo, sou um automóvel tão bom quanto qualquer outro. Você acha que é o único que vai para um museu de automodelos?
CR – Desculpe... Acho que devo pedir desculpas. Creia, o que eu disse não era para fazer você se sentir assim.
SM – Verdade? Ouvi sua conversa com o Austin-Healy na quinta-feira passada. ... Algo sobre um processo de conversão e instalação de motores e antenas grátis.
CR – Correto.
SM – Olhe, amigo, Estou tão elegante quanto você sem bagagem  psicológica extra... Não preciso de material extra.
CR – Bem, falando só por mim mesmo, fiquei muito depressivo quando bati. Eu estava cansado de só parecer bom mas estar vazio por dentro. Movimentar-me era fácil na descida, mas na subida, nada – nem mesmo no plano. Foi quando ouvi aquela oferta de motor grátis, bateria recarregável grátis, antena grátis. Fui conferir e, desde então, não fui mais o mesmo.
SM – Você não é melhor do que eu. Temos o mesmo tamanho e sou muito mais brilhante.
CR – Não discuto isso. Mas nós, automóveis, fomos criados para algo mais que beleza. Fomos feitos para nos mover! Antes que fosse instalado meu motor com bateria, eu era só vazio por dentro. Agora, o fabricante guia cada movimento meu pelos sinais da antena. Nunca me senti tão satisfeito antes.
SM – (Pausa): Você acha que existe esperança para fusquinhas velhos como eu? Essa recessão foi pesada na minha garagem.
CR – Lembre-se, é grátis! Grátis! Compreende?
SM – Parece bem barato!
CR – Na realidade, é muito caro... mas o preço já foi pago. Pense nisto:
toda essa força dentro de mim é dirigida pelo próprio projetista.
SM – Conte comigo! Você é bom!
CR – Bem, na realidade, ele é bom.

Perguntas para reflexão
1. Como o cristão é recarregado?
2. Como ele recebe as orientações do Projetista?
3. Que experiência substitui a religião oca, voltada só para a aparência?

Criatividade
Como o amor cumpre a lei de Deus em nossa experiência de forma que nossa vida seja satisfatória para Deus e para nós? Discuta os dons espirituais no contexto da pergunta acima para introduzir a atividade final. Como Deus manifesta Sua aprovação quando utilizamos esses dons para Sua glória? Como a utilização de nossas habilidades traz satisfação pessoal?

Atividade: Releia Romanos 12:6-8; Faça uma lista dos vários dons mencionados. Tirem fotos de atividades que sintam que ilustram a lista de dons.

Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/aux1232010.html

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