quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O erro de Roboão




A morte de Salomão marcou outro importante ponto decisivo na história de Israel. A linha-dura administrativa, as leis de recrutamento obrigatório para o trabalho e as experiências sobre pluralismo religioso levaram a grande tensão no princípio do reinado de Roboão, filho de Salomão.

7. Que podemos aprender da história de Roboão sobre a atitude das pessoas para com o poder? Que podemos aprender de seu erro? 
1 Foi Roboão a Siquém, porque todo o Israel se reuniu lá, para o fazer rei.
2  Tendo Jeroboão, filho de Nebate, ouvido isso (pois estava ainda no Egito, para onde fugira da presença do rei Salomão, onde habitava
3  e donde o mandaram chamar), veio com toda a congregação de Israel a Roboão, e lhe falaram:
4  Teu pai fez pesado o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai e o seu pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos.
5  Ele lhes respondeu: Ide-vos e, após três dias, voltai a mim. E o povo se foi.
6  Tomou o rei Roboão conselho com os homens idosos que estiveram na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais que se responda a este povo?
7  Eles lhe disseram: Se, hoje, te tornares servo deste povo, e o servires, e, atendendo, falares boas palavras, eles se farão teus servos para sempre.
8  Porém ele desprezou o conselho que os anciãos lhe tinham dado e tomou conselho com os jovens que haviam crescido com ele e o serviam.
9  E disse-lhes: Que aconselhais vós que respondamos a este povo que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs?
10  E os jovens que haviam crescido com ele lhe disseram: Assim falarás a este povo que disse: Teu pai fez pesado o nosso jugo, mas tu alivia-o de sobre nós; assim lhe falarás: Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai.
11  Assim que, se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.
12  Veio, pois, Jeroboão e todo o povo, ao terceiro dia, a Roboão, como o rei lhes ordenara, dizendo: Voltai a mim ao terceiro dia.
13  Dura resposta deu o rei ao povo, porque desprezara o conselho que os anciãos lhe haviam dado;
14  e lhe falou segundo o conselho dos jovens, dizendo: Meu pai fez pesado o vosso jugo, porém eu ainda o agravarei; meu pai vos castigou com açoites; eu, porém, vos castigarei com escorpiões.
15  O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque este acontecimento vinha do SENHOR, para confirmar a palavra que o SENHOR tinha dito por intermédio de Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate.
16 Vendo, pois, todo o Israel que o rei não lhe dava ouvidos, reagiu, dizendo: Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! Às vossas tendas, ó Israel! Cuida, agora, da tua casa, ó Davi! Então, Israel se foi às suas tendas.       1Rs 12:1-16

Depois da divisão entre Judá e Israel, o povo de Deus, antes unido, começou a seguir caminhos diferentes. Vendo que o centro de adoração e sacrifício estava localizado em Judá, o rei de Israel, Jeroboão I, mandou fundir dois bezerros de ouro e erguer dois lugares de adoração com altares – um em Betel e o outro em Dã.

26  Disse Jeroboão consigo: Agora, tornará o reino para a casa de Davi.
27  Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração dele se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão e tornarão a ele, ao rei de Judá.
28  Pelo que o rei, tendo tomado conselhos, fez dois bezerros de ouro; e disse ao povo: Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito!
29  Pôs um em Betel e o outro, em Dã.  (1Rs 12:26-29)

As coisas não pareciam boas para Israel e, nos duzentos anos seguintes, os israelitas tiveram a experiência de uma montanha-russa. Alguns reis seguiram (ao menos com um coração dividido) o chamado de Deus ao arrependimento; outros recusaram obstinadamente ouvir os profetas. As dinastias mudaram, e houve muitos assassinatos políticos. Desde Jeroboão I até o último rei de Israel em Samaria, Oseias, reinaram vinte reis, sinalizando a instabilidade do reino. Finalmente, em 722 a.C., Samaria foi capturada pelos assírios, e Israel foi levado em cativeiro.

No outro lado da fronteira, as coisas não pareciam muito melhores. A dinastia de Davi foi preservada, mas nem todos os descendentes de Davi puderam imitar a fé que teve seu antepassado. Alguns reis, como Josafá, Ezequias e Josias, tentaram voltar ao Senhor e, no processo, levar também Judá como um todo ao arrependimento. Seus esforços foram ajudados por dezenas de profetas que se dirigiram a situações e necessidades espirituais e sociais específicas em Judá.

Em 586 a.C., Jerusalém caiu diante dos babilônios. A liderança e boa parte da população da cidade foram levadas a Babilônia. O templo foi destruído. A “experiência” real terminou.

Alguém poderia pensar que, com o desastre da destruição e cativeiro babilônico, esse seria o fim do povo judeu. O que a restauração depois dessa calamidade nos diz sobre a paciência e graça de Deus? Como você tem visto essa mesma paciência e graça em sua vida? Qual deve ser sua reação a essa graça?        

                                       Estudo adicional

O Senhor chama todos a estudarem a divina filosofia da história sagrada, escrita por Moisés sob a inspiração do Espírito Santo. A primeira família colocada na Terra é uma amostra de todas as famílias que existirão até o fim do tempo. Nessa história, existe muito material para estudo a fim de entendermos o plano divino para a humanidade. Esse plano está claramente definido, e aquele que o estudar em oração e consagração se tornará aprendiz do pensamento e do propósito de Deus desde o início até o encerramento da história da Terra. Perceberá que Jesus Cristo, um com o Pai, era a grande causa de todo progresso, a fonte de toda a purificação e elevação da humanidade” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 3, p. 184).

Ao recapitular nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até o estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado. Somos agora um povo forte, se pusermos nossa confiança no Senhor; pois estamos lidando com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos a agradecer” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 162).

Perguntas para consideração

1. O envolvimento ativo de Deus na história é um conceito muito importante nas Escrituras. (Leia Daniel 2:21  -
é ele (Deus) quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes). Que diz essa passagem sobre a interação entre Deus e a história humana? Por que é tão importante ter em mente essa realidade hoje, quando vivemos perto do verdadeiro “fim da história”?
2. Por que gostamos tanto de histórias? O que faz uma boa história? Como as histórias podem ser ferramentas eficazes no ensino da verdade? Quais são alguns de seus contadores de histórias favoritos, e por que você gosta deles?
3. Os antigos israelitas foram chamados a ser testemunhas ao mundo inteiro do Deus verdadeiro e de Sua mensagem a respeito da salvação pela graça. Mas veja quanto as lutas internas debilitaram o antigo Israel. Que lições podemos tirar para nós mesmos dessa triste verdade histórica?



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