sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A eleição da graça (resumo do estudo nº 11)




Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.   Romanos 11:5-6

Reconhecer: Que, se Deus pode enxertar outros para cumprir Seu plano, Ele também pode substituir prontamente qualquer enxerto infiel pelo ramo original que aprenda a crer; a salvação para todos é Seu grande objetivo.

Sentir: Que o grande propósito de Deus é mostrar misericórdia e salvar todos quantos seja possível.

Fazer: Estender misericórdia e compaixão tanto para com os gentios como para com os judeus, imitando o que Deus faz.

Esboço

I. Ramo ou enxerto
A. Por que devemos nós, judeus ou gentios, reconhecer que nossa condição diante de Deus depende de aceitarmos as obras dEle e abandonar nossos próprios caminhos?

B. Como devemos nós, que somos enxertados como filhos da promessa, tratar a promessa que nos dá a condição para que sejamos filhos de Deus?
C. Como devemos tratar aqueles a quem a promessa foi dada originalmente?

II. Misericórdia
A. Por que somos todos, gentios ou judeus, igualmente indignos da salvação e igualmente abençoados de Deus por Sua misericórdia? Por extensão, o que essa verdade nos ensina sobre nosso relacionamento de uns para com os outros?

B. Que experiências com a misericórdia de Deus tanto gentios como judeus tiveram? Por que é importante não nos gabar de nossas vantagens mas perceber as responsabilidades que os dons da misericórdia de Deus colocam sobre nós?

III. Vasos da misericórdia de Deus
A. Como nossa experiência com a misericórdia de Deus nos ajuda a estender a misericórdia a outros?

Resumo: 
No fim, tanto judeus como gentios foram chamados a compartilhar o evangelho ao mundo.

Quando falhamos em cumprir o propósito e o plano divinos, a graça de Deus é suficiente para nos restaurar.

Atividade: Leia esta parábola e comente:
Certa noite, enquanto o carpinteiro estava fora, a caixa de ferramentas se abriu, e as ferramentas começaram a discutir sua existência e propósito. A chave de fenda lamentava ser usada em silêncio e ser notada tão raramente. O serrote estava também desencantado com seu propósito, notando que outros serrotes haviam se transformado em instrumentos musicais e não tinham que tolerar o processo de serra. O alicate reclamava que brilhava mais que muitos ornamentos de carros e se sentia depreciado quando era usado só para apertar outras peças. O martelo argumentava que tinha a genealogia mais elevada, pois era feito artesanalmente da madeira mais nobre e de aço inoxidável. Por que estava sujeito ao constante contato com o ferro comum dos pregos? Outras ferramentas falaram de sua superioridade ou de como o carpinteiro as favorecia. Mas nenhuma queria ser usada para o propósito para o qual tinha sido criada. Finalmente, muitas ferramentas decidiram fugir. De manhã, o carpinteiro notou que estavam faltando muitas de suas ferramentas. Claro, isso reduziu a velocidade de seu trabalho. Meses se passaram. Gradualmente, o carpinteiro encontrou suas ferramentas. O martelo estava mofado. O serrote estava cego, e a chave de fenda estava torta. O alicate nunca foi localizado. Enquanto isso, o carpinteiro havia substituído algumas das ferramentas perdidas mas estava pouco disposto a jogar fora as mofadas, tortas ou cegas. Cuidadosamente, ele as restaurou. Certa noite, as ferramentas foram ouvidas. Havia tristeza pelo alicate, que nunca voltara, porém mais alegria pelo carpinteiro que restaurou as outras e as tornou novamente úteis.

Pense nisto: 
Quais são os sinais da religião legalista? Como o legalismo impede o evangelismo? Que obstáculos na estrada devem ser removidos para que Deus restabeleça Seu propósito original?

Em lugar de facilitar, aqueles que estão dispostos a estabelecer a própria justiça impedem o propósito de salvação de Deus. Como podemos evitar as armadilhas tanto do legalismo como da negligência (a filosofia “qualquer coisa serve”)?

Comentário bíblico

 

I. O fim da lei
1 Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos.
2  Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento.
3  Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.
4  Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê. 

Esta passagem não está dizendo que Deus aboliu os Dez Mandamentos nem o Antigo Testamento. A palavra grega para fim significa terminar no sentido de “linha de chegada”, a “meta” em cuja direção o movimento é dirigido, como em “resultado”. Em outras palavras, o ensino da Torah (livros de Moisés), inclusive os Dez Mandamentos, nos leva à linha de chegada, que é Cristo. Longe de levar à licenciosidade – “faça qualquer coisa que quiser porque Deus aboliu os Dez Mandamentos” – Paulo estabelece o valor da Torah, especificamente, e do Antigo Testamento, em geral, em nos apontar Cristo.

Pense nisto: 
É possível reconciliar a ideia de que os Dez Mandamentos foram abolidos com o testemunho de Jesus em Mateus 5:17-19? Justifique sua resposta.

17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
18  Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
19  Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.  (Mateus 5:17-19)

II. O ramo enxertado

11  Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes.
12  Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!
13  Dirijo-me a vós outros, que sois gentios! Visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério,
14  para ver se, de algum modo, posso incitar à emulação os do meu povo e salvar alguns deles.
15  Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?
16  E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for santa a raiz, também os ramos o serão.
17  Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira,
18  não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti.
19  Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.
20  Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme.
21  Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará.
22  Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado.
23  Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; pois Deus é poderoso para os enxertar de novo.
24  Pois, se foste cortado da que, por natureza, era oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são ramos naturais!    Rm 11:11-24.)

Sabendo que o coração é enganoso, Paulo adverte os cristãos gentios. Ele não deseja que eles sejam enlaçados pela atitude presunçosa de seus irmãos judeus. Para evitar esse engano, ele lhes lembra que são ramos enxertados; os ramos judeus haviam sido removidos por uma causa – a descrença. Evidentemente, os gentios podiam ser removidos pelo mesmo motivo. O fator determinante para todos era a confiança. Os que continuavam confiando estavam “dentro”, e os que deixavam de confiar estavam “fora”, independentemente de sua origem étnica. Uma vez mais, Paulo repreendeu a atitude presunçosa que dividia a igreja romana.

Pense nisto: 
Como tratamos a presunção (“Faço as coisas do meu modo – afinal, sou adventista de quinta geração”) que ainda contamina as igrejas? Como a conversão genuína e a atividade evangelística abrandam a tendência humana ao exclusivismo?

Mesmo com as melhores intenções, podemos perder de vista o propósito da igreja, voltar-nos para nós mesmos e confiar em nossa própria bondade, em vez de confiar na bondade de Deus. Nesse ponto, precisamos de Sua graça mais do que nunca, e Ele promete isso! Muito embora Deus prometa nos restaurar quando nos desviamos do caminho, como podemos permanecer fiéis à missão, desde o princípio?

Atividade: Leia o diálogo seguinte entre o caminhão de entrega (CE) e o carro alegórico (CA) e discuta maneiras de “permanecer no caminho certo”.

CA. Ei, cara, você quer entrar para o grande show?
CE. O quê?
CA. O desfile.
CE. Ah... Por quê?
CA. Para se exibir, amigo. O que você está pensando? Diga, o que você está fazendo agora?
CE. Eu sou um caminhão de entregas... Você sabe, eu entrego mercadorias de que as pessoas precisam.
CA. Realmente? Mas quem percebe você? Não quero ser crítico, mas seus pneus estão gastos, o parabrisa está empoeirado e sua carroceria está uma bagunça. Vale a pena?
CE. É verdade! A maioria das pessoas não gosta dos caminhões de entrega; mas, às vezes, você encontra a família que não podia viver sem aquele pacote, e isso é compensador!
CA. Parece que funciona. Olhe, eu fico em uma garagem agradável e refrigerada com janelas de vidro colorido e um pessoal dedicado a me manter polido e apresentável. Tudo que eu tenho que fazer é arrastar a alegoria algumas vezes diante das multidões. Não quero me gabar, mas é um fato – muita gente me aplaude. Quer vir comigo?
CE. Não sei. Parece uma carga muito pesada para levar.
CA. Não mesmo! Só parece pesada, mas, na realidade, não existe muita coisa para levar. Só uma armação coberta de tela de galinheiro para parecer grande. Nós enfeitamos a tela com papel machê para impressionar. O problema é que logo o papel se desmancha, fica malcheiroso e esfarrapado.
CE. E então, o que vocês fazem?
CA. Nós nos escondemos no armazém e fazemos tudo outra vez. Quando o povo vê, está tudo bonitinho novamente. Ninguém vê a diferença.
CE. Parece uma sorte terrível trabalhar só para manter as aparências. Obrigado, mas não me interessa.
CA. (Silêncio embaraçoso): Você sabe, eu também fazia entregas. Então, entrei nessa de fazer shows e desfiles. ... Eu ainda sinto falta de ser mais verdadeiro. Antes, ninguém se interessava por mim. O interesse estava nas entregas... Agora, acho que não dá para voltar. 
CE. A gente nunca sabe, grandão. Acho que o patrão anda procurando gente como você realmente é.

Perguntas de aplicação
1. Como podemos evitar uma atitude farisaica em nossas realizações e aparência?
2. Por que o desejo de admiração às vezes é mais forte que o chamado para o serviço?
3. Como o fervor evangelístico pode ser recuperado quando nos sentimos desobrigados da missão de Deus?

Criatividade
Existe um tempo certo para agir. Quando pensamos na missão da igreja, normalmente pensamos em ação. Porém, mesmo no contexto do evangelismo, precisamos de calma reflexão para nos examinar no espelho de nosso próprio ser. Encerre o estudo com um período em que os membros perguntem a si mesmos quanto tempo eles dedicam para manter as aparências e quanto tempo passam transmitindo a mensagem.

Atividade: Por ser uma atividade individual, esta pode ser completada em casa. Peça que os membros façam uma lista de suas atividades semanais, planos e sonhos futuros. Peça que eles classifiquem entre as que são mais destinadas para manter as aparências e as que são mais destinadas a transmitir a mensagem. Peça-lhes que decidam o que farão com essas informações.

Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/aux1132010.html

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