Sentir: Apreciar a oportunidade de se familiarizar com personagens da Bíblia e aprender suas lições de vida.
Esboço
I. Histórias cruciais para o tempo atual
II. Encontrando o tesouro
B. Como as histórias dos personagens bíblicos falam acerca de nossa vida?
III. Revelar o tesouro
B. Por que é tão crucial permitir que o Espírito Santo interprete essas histórias?
C. Quais dilemas da vida podem ser comparados às experiências de vida dos personagens bíblicos?
Resumo: Podemos nos beneficiar do estudo dos personagens bíblicos e de como enfrentaram desafios em sua vida, considerando como aplicaram, ou não, princípios piedosos em suas escolhas. Suas histórias podem nos ensinar a confiar no método divino para encarar os desafios do dia a dia.
Embora Deus esteja preocupado com a sorte de povos, nações e planetas, cuida também dos detalhes de nossa vida, se nos submetemos a Ele.
“Encontrando padrões onde não existem” (“Finding patterns where none exist”). Uma busca desta frase no Google traz numerosas ocorrências. Se você investigar os resultados descobrirá, naturalmente, grande quantidade de anúncios, tentando vender coisas de que você não precisa, de geladeiras a coelhos. Mas, se você for além das listas e artigos do comércio eletrônico, encontrará exemplos de muitas maneiras pelas quais os seres humanos tentam descobrir padrões e significados no Universo e em sua vida. A sede por significado e modelo assume incontáveis formas, desde as supersticiosas até as completamente estranhas: mapa astral, especulações grotescas sobre a linhagem da família real britânica, exames e testes que supostamente revelarão por que somos do jeito que somos. Em outras palavras, contamos a nós mesmos histórias que explicam os fatos.
A boa notícia é que Deus nunca nos dá o desejo por algo que não existe. Significado e modelo estão por aí, mas se procedem de qualquer coisa menor que uma narrativa divinamente inspirada, frequentemente são uma forma de obter a história errada. Somos parte da história divina, e Deus quer estar em nossa história. Veja uma frase melhor: “Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida.”
Comente: Como você vê a história divina em sua vida? Como sua vida reflete o plano de Deus? De que modo ela se encaixa na história mais ampla da salvação?
Compreensão
Pedir que a classe faça as seguintes atividades a cada semana do trimestre: 1. Memorizar a história de dois personagens bíblicos.
Comentário bíblico
I. A intriga: “Reparou em Meu servo Jó?”
O livro de Jó diz respeito a uma região e período histórico periféricos em relação à maior parte do Antigo Testamento. Por exemplo, o local exato de Uz é discutido. Jó é um dos poucos protagonistas do Antigo Testamento que não era israelita nem ancestral dos israelitas. Porém, em nenhuma outra parte é tão clara a ligação da atividade nos domínios humano e divino. Jó é descrito como um homem que “temia a Deus e evitava fazer o mal” (Jó 1:1, NVI). Em nosso mundo hoje, essas características nem sempre são recompensadas e estimadas. Dizem que pessoas boas ficam para trás. Outras perdem a carreira por falar a verdade ou por seguir a consciência, em vez de ir atrás da multidão. Esse não foi o caso de Jó, que “era o homem mais rico do oriente” (Jó 1:3, NVI). Neste mundo em que as riquezas e o poder são frequentemente confundidos com sabedoria, inteligência e virtude, Jó era rico, poderoso, sábio, inteligente e virtuoso. Ele sabia de onde tudo isso provinha, mesmo não compreendendo que o motivo para o seu drama era a guerra espiritual que se travava ao seu redor. Embora Jó temesse a Deus e O consultasse, mesmo acerca das “menores” coisas da vida, provavelmente nunca se houvesse imaginado como o assunto da conversa no banquete dos reinos celestiais. Contudo, no momento relatado em Jó 1:6-12, o grande conflito repentinamente se tornou específico. E foi focalizado especificamente nele. A reação de Jó ao mal era evitá-lo, não ter nada que ver com ele. Essa reação era a atitude correta, mas isso não garantiu que os sentimentos fossem mútuos. Se Deus é ativo em nossa vida, Satanás também tentará ser. Qualquer pessoa, como Jó, pode se tornar um território disputado na luta entre o bem e o mal, que chamamos de a grande luta. Esta é a trama que invade mesmo as histórias aparentemente mais mundanas da Bíblia.
Pense nisto: Quão literalmente devemos tomar a ideia de forças espirituais atuando por trás das cenas, como descrito em Jó 1:1-12? Por que isso é importante?
II. Caráter: O que devemos ser e fazer, e o que não devemos
Como afirmado antes, as histórias da Bíblia não são meramente histórias. Todas procuram construir uma vida que encontre seu centro na presença de Deus, mesmo vivendo em um mundo que faz o contrário. Às vezes, os protagonistas reconhecem esse imperativo, outras vezes, não. Seja qual for a atitude, bem como o curso de ação ditado por ela, há consequências que podem ser vistas claramente no desenvolvimento do caráter. No trecho da história de José, encontrado em Gênesis 39:6-12, temos o típico relato de um jovem vencendo apesar das dificuldades, um “peixe fora d´água”, em um mundo em que não escolheu estar. Mas o sucesso de José não ocorreu simplesmente porque ele era corajoso, inteligente e desembaraçado, embora, pelos padrões do mundo, se pudesse acreditar no sucesso baseado nessas qualidades. A Bíblia se opõe a essa ideia do que é sucesso, revelando o segredo do êxito de José. Deus “abençoou a casa do egípcio por amor de José” (Gn 39:5). Como no livro de Jó, a presença da bondade e da bênção divina atraíram seus opostos, na forma da mulher de Potifar, com seus planos “especiais” para José. Para certo tipo de pessoa isso poderia parecer justamente mais um pouco de sorte. Mas, diante do dilema, José olhou para a situação primeiramente do ponto de vista divino, vendo o que perderia se caísse em tentação.
Pense nisto: Deus é sempre um personagem nas histórias do Antigo Testamento, mesmo que pareça não ter atuado diretamente. Seu ponto de vista sempre é representado. Isso acontece em sua vida?
Aplicação
O amor é crucial para a própria vida, e no amor de Deus vemos o amor em sua forma perfeita.
Perguntas para consideração
2. Identifique a narrativa mais ampla subentendida em todas as narrativas da Bíblia. Os nomes e os personagens mudam, mas o tema do grande conflito atravessa o tecido de cada história. Qual é o benefício de falar a mesma narrativa em diferentes formas?
Perguntas de aplicação
2. Como cristãos, todos temos nossa própria história sobre a maneira de Deus operar em nossa vida. Que poder existe em falar delas aos outros e a nós mesmos? Por que precisamos relembrar, de vez em quando, nossa história?
Criatividade
A seguinte atividade destina-se a enfatizar a centralidade da narrativa superior do grande conflito em relação a todas as outras histórias e narrativas da Bíblia.
Relembre as questões fundamentais do tema do grande conflito. Enfatize que esse é um conflito entre o programa representado por Satanás – por exemplo, egoísmo, disposição para promover a si mesmo sem consideração por Deus e pelos outros, a opinião de que os fins justificam os meios, etc. – e o programa de Deus, especialmente abnegação, paciência, paz, e humildade. Veja exemplos de histórias bíblicas, resumindo-as da melhor maneira possível. Pergunte quem ou o que, na história, representou a visão satânica da vida, e quem ou o que representou a visão divina. Como os eventos da história refletiram o grande conflito? Como se encaixaram na narrativa mais ampla?
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