quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tropeçando




Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé; e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei. Por quê? Porque não decorreu da fé” (Rm 9:30-32).

5. Como podemos tomar essa mensagem, de Romanos 9:30-32, escrita em certo tempo e lugar, e aplicar os princípios a nós mesmos, hoje? Como podemos, em nosso contexto, evitar os mesmos enganos que alguns israelitas cometeram em seu tempo? 
Em palavras que não podem ser mal-interpretadas, Paulo explicou a seus compatriotas por que eles estavam perdendo algo que Deus desejava que eles tivessem e, mais que isso, em algo que eles realmente estavam procurando, mas não alcançavam.

Curiosamente, os gentios a quem Deus havia aceitado não haviam se esforçado para obter essa aceitação. Estavam buscando seus próprios interesses e objetivos quando a mensagem do evangelho veio até eles. Percebendo seu valor, eles a aceitaram. Deus os declarou justos porque aceitaram Jesus Cristo como seu substituto. Era uma transação de fé.

O problema com os israelitas era que eles tropeçavam na pedra de tropeço (veja Rm 9:33). Alguns, não todos (veja At 2:41), se recusaram a aceitar Jesus de Nazaré como o Messias a quem Deus enviara. Ele não preenchia suas expectativas sobre o Messias; consequentemente, quando Ele veio, eles Lhe viraram as costas.

Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas       At 2:41

Antes de terminar esse capítulo, Paulo cita outro texto do Antigo Testamento: “
Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido” (Rm 9:33). Nesta passagem, Paulo mostra, novamente, quão importante é a fé verdadeira no plano de salvação (veja também 1Pe 2:6-8). Rocha de ofensa? E quem nela crê não será confundido? Sim, para muitos, Jesus é uma pedra no caminho, mas para os que O conhecem e O amam, Ele é outro tipo de pedra, “a rocha da minha salvação” (Sl 89:26).

6  Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.
7  Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular
8  e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos. 1Pe 2:6-8   

                                                       Estudo adicional

Leia Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 261, 262: “Progressos na Inglaterra”.

Há uma eleição de indivíduos e de um povo. A única eleição encontrada na Palavra de Deus, em que alguém é escolhido para a salvação. Muitos têm olhado para o fim, pensando terem sido certamente eleitos para a glória celestial; mas não é esta a eleição que a Bíblia revela. As pessoas são escolhidas para efetuar sua salvação com temor e tremor. São escolhidas para envergar a armadura, para pelejar a boa peleja da fé. São escolhidos para usar os meios que Deus colocou ao seu alcance para lutar contra todo desejo profano, enquanto Satanás executa o jogo da vida pela sua destruição. São escolhidos para vigiar em oração, para examinar as Escrituras, e evitar entrar em tentação. São eleitos para ter fé continuamente, eleitos para ser obedientes a cada palavra que procede da boca de Deus, para que não sejam apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra. Essa é a eleição bíblica” (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 453, 454).

Nenhum espírito finito pode compreender completamente o caráter ou as obras do Ser infinito. Pelas nossas pesquisas, não podemos encontrar Deus. Para os espíritos mais fortes e mais altamente educados, assim como para os mais fracos e ignorantes, aquele Ente santo deverá permanecer revestido de mistério. Mas conquanto ‘nuvens e obscuridade [estejam] ao redor dEle, justiça e juízo são a base do Seu trono(Sl 97:2). Podemos compreender Seu trato para conosco a ponto de discernir a misericórdia ilimitada unida ao infinito poder. É-nos dado compreender tanto de Seus propósitos quanto somos capazes de abranger; para além disto podemos ainda confiar naquela mão que é onipotente, naquele coração repleto de amor” (Ellen G. White, Educação, p. 169).

Perguntas para consideração

1. Certos cristãos ensinam que, mesmo antes de nascermos, Deus escolhe alguns para ser salvos e alguns para se perder. Se, por acaso, você tivesse sido um daqueles que Deus, em Seu infinito amor e sabedoria, houvesse preordenado para se perder, não importando que escolhas você fizesse, você estaria condenado à perdição, o que muitos acreditam que significa estar nas chamas do inferno por toda a eternidade. Em outras palavras, independentemente das nossas próprias escolhas, unicamente pela providência de Deus, alguns seriam predestinados a viver sem uma relação de salvação com Jesus nesta vida, só para passar a próxima vida em chamas para sempre nos fogos do inferno. O que está errado com esse quadro? Como essa posição contradiz nossa compreensão desses mesmos assuntos?

2. Como você vê a Igreja Adventista do Sétimo Dia e seu chamado no mundo de hoje, se comparada com o papel do antigo Israel em seus dias? Quais são as semelhanças e as diferenças? Como estamos fazendo melhor? Ou estamos fazendo pior? Justifique sua resposta.



Nenhum comentário:

Postar um comentário