Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os Meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55:8, 9).
3. Diante do que lemos até agora, como podemos entender a argumentação de Paulo sobre o trato de Deus com o Faraó?
17 Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.
18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.
19 Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade?
20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?
21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?
22 Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição,
23 a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão,
24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? Rm 9:17-24.
A quem se refere Paulo ao mencionar “vasos para honra” e “outros para desonra”?
Em Seu trato com o Egito por ocasião do Êxodo, Deus estava trabalhando para a salvação da humanidade. A revelação que Deus fez de Si mesmo nas pragas do Egito e na libertação de Seu povo destinavam-se a revelar aos egípcios, bem como às outras nações, que o Deus de Israel era realmente o Deus verdadeiro. Devia ser um convite aos povos das nações para que abandonassem seus deuses e viessem e O adorassem.
Obviamente, Faraó já havia feito sua escolha contra Deus, de forma que, ao Deus endurecer seu coração, não lhe estava recusando a oportunidade de salvação.
O endurecimento foi contra o chamado para deixar Israel ir, não contra o apelo de Deus para que Faraó aceitasse a salvação pessoal. Cristo morreu por Faraó, assim como por Moisés, Arão e o restante dos filhos de Israel.
O ponto crucial em tudo isso é que, sendo seres caídos, temos uma visão muito estreita do mundo, da realidade e de Deus e de como Ele opera no mundo. Como podemos esperar entender todos os caminhos de Deus quando o mundo natural, em todos os lugares para onde nos voltamos, apresenta mistérios que não podemos entender? Afinal, foi só 150 ou 200 anos atrás que os médicos aprenderam que podia ser uma boa ideia lavar as mãos antes de executar uma cirurgia! Era mergulhados nessa ignorância que vivíamos. E quem sabe, se o tempo perdurar, que outras coisas descobriremos no futuro, revelando quão mergulhados na ignorância estamos hoje?
Certo, nem sempre entendemos os caminhos de Deus, mas Jesus veio para nos revelar como é Deus (Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Jo 14:9). Então, por que, entre todos mistérios e eventos inesperados da vida, é tão importante meditarmos no caráter de Cristo e no que Ele nos revelou sobre Deus e Seu amor por nós? Como o conhecimento do caráter de Deus pode nos ajudar a permanecer fiéis em meio a provas que parecem injustificadas e injustas?
Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/li1032010.html
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