sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A eleição da graça




2. Que ensino comum esta passagem nega clara e
inquestionavelmente? 

1 Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
2  Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura refere a respeito de Elias, como insta perante Deus contra Israel, dizendo:
3  Senhor, mataram os teus profetas, arrasaram os teus altares, e só eu fiquei, e procuram tirar-me a vida.
4  Que lhe disse, porém, a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal.
5  Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça.
6  E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.
7  Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos,   Rm 11:1-7. 

Que evidência dá Paulo de que Deus não rejeitou Seu povo?

Na primeira parte de sua resposta à pergunta: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo?” Paulo aponta para um remanescente, uma eleição da graça, como prova de que Deus não rejeitou Seu povo. A salvação está aberta a todos os que a aceitarem, tanto judeus como gentios.

Deve-se lembrar que os primeiros conversos ao cristianismo eram todos judeus – por exemplo, o grupo que foi convertido no dia de Pentecostes. Foram necessários uma visão e um milagre especial para convencer Pedro de que os gentios também tinham igual acesso à graça de Cristo (At 10; compare com At 15:7-9) e que o evangelho deveria ser levado também a eles.

7  Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio, ouvissem os gentios a palavra do evangelho e cressem.
8  Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera.
9  E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.  At 15:7-9

3. Paulo está dizendo que Deus cegou propositalmente para a salvação a parte de Israel que rejeitou Jesus? Leia Rm 11:7-10. O que está errado com essa ideia?

7  Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos,
8  como está escrito: Deus lhes deu espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até ao dia de hoje.
9  E diz Davi: Torne-se-lhes a mesa em laço e armadilha, em tropeço e punição;
10  escureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam, e fiquem para sempre encurvadas as suas costas.        Rm 11:7-10

Nestes versos, Paulo cita o Antigo Testamento, uma autoridade que os judeus aceitavam. As passagens que Paulo cita representam Deus como dando a Israel um espírito de entorpecimento, impedindo-os de ver e ouvir. Deus cega os olhos das pessoas para impedi-las de ver a luz que as levaria à salvação? Nunca! Essas passagens devem ser entendidas à luz de nossa explicação de Romanos 9. Paulo não está falando de salvação individual, pois Deus não rejeita ninguém coletivamente para a salvação. O assunto neste verso, ao contrário, como foi desde o princípio, se refere ao papel que esse povo teve em Sua obra.       


 Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/li1132010.html

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