quinta-feira, 15 de julho de 2010

Arrependimento




Um menino de cinco anos derrubou a irmãzinha, e os pais o fizeram pedir desculpas. Ele não queria, e com o canto da boca, sem sinceridade e olhos presos ao chão, ele apenas murmurou à força: “Desculpe!” Dificilmente este seria um arrependimento verdadeiro, com certeza.

6. Com essa história em mente, leia o seguinte: “Ou será que você despreza as riquezas da Sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?” (Rm 2:4, NVI). Que mensagem existe aqui para nós?

Devemos notar que a bondade de Deus guia – não força – os pecadores ao arrependimento. Deus não usa coerção. Ele é infinitamente paciente e busca atrair a todos por amor. Um arrependimento forçado destruiria todo o propósito do arrependimento, não é certo? Se Deus forçasse o arrependimento, não seriam todos salvos? Por que Ele iria forçar alguns e não outros ao arrependimento?

7. Que acontece aos que resistem ao amor de Deus, se recusam a arrepender-se e permanecem em desobediência? 

5  Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus,
6  que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento:
7  a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade;
8  mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.
9  Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego;
10  glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego.
11  Porque para com Deus não há acepção de pessoas.        Rm 2:5-11

Nestes versos e, frequentemente, ao longo de todo o livro de Romanos, Paulo enfatiza o lugar das boas obras. A justificação pela fé, independentemente da obediência à lei, nunca deve ser interpretada como se as boas obras não tivessem lugar na vida cristã. Por exemplo, no verso 7, a salvação é descrita como vindo aos que a buscam “perseverando em fazer o bem”. Embora o esforço humano não possa trazer salvação, é parte integrante da experiência da salvação. É difícil ver como alguém pode ler a Bíblia e sair com a ideia de que as obras e atos não têm importância nenhuma. O verdadeiro arrependimento, o tipo que provém voluntariamente do coração, sempre será seguido pela determinação de vencer e colocar no lugar as coisas de que precisamos nos arrepender.

Com que frequência você tem a atitude de arrependimento? É sincero, ou você tende a rejeitar sumariamente suas culpas, negligências e pecados? Se é o ultimo caso, como você pode mudar? Por que você deve mudar?           


                                         Estudo adicional


Leia Ellen G. White: Parábolas de Jesus, p. 291-294: “Por que Vem a Ruína”; Caminho a Cristo, p. 9-15: “O Cuidado de Deus”; p. 17-22: “A Ponte Sobre o Abismo”; A Ciência do Bom Viver, p. 492-494: “Em Contato com os Outros”; Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 146, 147: “Agentes de Satanás”.

Muitos se enganam acerca do estado de seu coração. Não entendem que o coração natural é enganoso, mais que todas as coisas, e perverso. Envolvem-se em sua própria justiça, e se satisfazem em alcançar sua própria norma humana de caráter; mas quão fatalmente fracassam quando não alcançam a norma divina, e não podem satisfazer por si mesmos as reivindicações de Deus!” (Ellen G. White,Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 320).

Foi-me apresentado terrível quadro da condição do mundo. A iniquidade se alastra por toda parte. A licenciosidade é o pecado especial desta época. Jamais o vício ergueu a cabeça disforme com tal ousadia como o faz agora. O povo parece estar entorpecido, e os amantes da virtude e da verdadeira piedade se acham quase desanimados por sua ousadia, força e predominância. A abundante iniquidade não se limita apenas aos incrédulos e zombadores. Quem dera que assim fosse! Mas não é. Muitos homens e mulheres que professam a religião de Cristo são culpados. Mesmo alguns que professam estar esperando Seu aparecimento não estão mais preparados para esse acontecimento do que o próprio Satanás. Não estão se purificando de toda poluição. Têm servido a sua concupiscência por tanto tempo que lhes é natural pensar impuramente e ter pensamentos corruptos” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 346).

Perguntas para consideração

1. Examine a segunda citação de Ellen G. White acima. Se você se identificou com a descrição, qual é a resposta? Por que é importante não desistir em desespero mas continuar reivindicando as promessas de Deus, primeiro, de perdão; em seguida, de purificação? Quem é que deseja que você diga, de uma vez por todas: “Não adianta. Sou muito corrupto. Nunca posso ser salvo; então, o melhor é desistir também”? Você vai ouvir o que ele diz ou o que Jesus disse: “
Nem Eu tampouco te condeno; vai e não peques mais”? (Jo 8:11).

2. Por que é tão importante para nós como cristãos entender a pecaminosidade e depravação humana básica? O que pode acontecer quando perdemos de vista essa realidade, triste mas verdadeira? A que erros uma falsa compreensão de nossa verdadeira condição pode nos levar?



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