Este verso é a conclusão de Paulo à afirmação de que a lei da fé exclui a jactância. Se a pessoa fosse justificada por suas próprias ações, poderia se jactar disso. Mas quando é justificada porque Jesus é o objeto de sua fé, então, o crédito pertence claramente a Deus, que justifica o pecador.
Ellen G. White dá uma resposta interessante à pergunta “O que é justificação pela fé?” Ela escreveu: “É a obra de Deus ao lançar a glória do homem no pó e fazer pelo homem aquilo que ele por si mesmo não pode fazer” (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 456).
As obras da lei não podem expiar os pecados passados. A justificação não pode ser comprada. Só pode ser recebida pela fé no sacrifício expiatório de Cristo. Então, neste sentido, as obras da lei não têm nada que ver com a justificação. Ser justificado sem obras significa ser justificado sem haver nada em nós que mereça a justificação.
Mas muitos cristãos têm entendido mal e distorcido esse texto. Dizem que tudo o que uma pessoa tem que fazer é crer, ao mesmo tempo em que subestimam as obras ou a obediência, até mesmo a obediência à lei moral. Assim procedendo, eles fazem uma leitura completamente equivocada de Paulo. No livro de Romanos, e em outros lugares, Paulo dá grande importância à observância da lei moral. Jesus também certamente fazia o mesmo, assim como Tiago e João
Estudo adicional
“Graça é favor imerecido. Os anjos, que nada conhecem de pecado, não compreendem o que seja a aplicação da graça para com eles; mas nossa pecaminosidade requer a concessão da graça por parte de um Deus misericordioso” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 331, 332).
“A fé é a condição sob a qual Deus escolheu prometer perdão aos pecadores; não que exista na fé qualquer virtude pela qual a pessoa mereça a salvação, mas porque a fé pode prevalecer-se dos méritos de Cristo, o remédio provido para o pecado. A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da transgressão e rebeldia do pecador. Quando o pecador crê que Cristo é seu Salvador pessoal, então, de acordo com as Suas promessas infalíveis, Deus lhe perdoa o pecado e o justifica livremente. Aquele que se arrepende reconhece que sua justificação vem porque Cristo, como seu substituto e penhor, morreu por ele, e é sua expiação e justiça” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 366, 367).
“Embora a lei não possa perdoar a pena do pecado, mas responsabilize o pecador por toda a sua dívida, Cristo prometeu perdão abundante a todos os que se arrependem e creem em Sua misericórdia. O amor de Deus se estende, abundante, ao que se arrepende e crê. O estigma do pecado só se pode apagar com o sangue do sacrifício expiatório. Não se requereu nenhum sacrifício menor do que o sacrifício daquele que era igual ao Pai. A obra de Cristo – Sua vida, humilhação, morte e intercessão pelo homem caído – engrandece a lei e a torna gloriosa” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 371).
1. Leia os textos desta semana e então, em suas próprias palavras, escreva um parágrafo resumindo o que eles dizem. Compartilhe seu parágrafo com os outros em sua igreja.
2. Pense no custo de nossa salvação: a morte do Filho de Deus. O que isso deve nos dizer sobre a gravidade do pecado? Afinal, se deixássemos de pecar e nunca fizéssemos isso novamente, por que isso ainda não seria suficiente para nos tornar justos diante de Deus? Como esse fato pode nos motivar a resistir à tentação de pecar?
3. De que modos podemos ser tentados a abusar dessas maravilhosas novas sobre a salvação unicamente pela fé? Em que armadilha alguém pode cair nesse tipo de pensamento?
Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. 1Jo 3:7
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