quarta-feira, 21 de julho de 2010

Justificados pela fé







 Verso para Memorizar: Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Romanos 3:28).

Leituras da semana: Rm 3:19-28

Nesta lição, vamos entrar no tema básico da epístola aos Romanos: justificação pela fé. Essa expressão é uma figura baseada na lei. O transgressor da lei comparece diante de um juiz e é condenado à morte por suas transgressões. Mas um substituto aparece e toma sobre si mesmo os crimes do transgressor, inocentando assim o criminoso, que – caso seja aceito o substituto – permanece perante o juiz não só absolvido de sua culpa mas considerado como se nunca houvesse cometido os crimes pelos quais foi levado ao tribunal. E isso porque o substituto – que tem um histórico perfeito – oferece ao criminoso perdoado sua própria perfeita observância da lei. Assim, o culpado está diante do juiz como se nunca houvesse transgredido.

Ninguém está dizendo que a pessoa é inocente. Ao contrário, sua culpa é clara. As boas-novas são que, apesar da culpa, ela está perdoada.

No plano da salvação, cada um de nós é o criminoso. O substituto, Jesus, tem um histórico perfeito, e Se posta diante do tribunal em nosso lugar, sendo Sua justiça aceita em lugar de nossa injustiça. Consequentemente, somos justificados diante de Deus, não por causa de nossas obras, mas por causa de Jesus, que nos concede Sua justiça quando a aceitamos “pela fé”. Vem daí a expressão “justificação pela fé”. Não importa nosso passado. Quando aceitamos Jesus, nos apresentamos diante de Deus em Sua justiça, a única justiça que nos pode salvar.

Que grandes boas-novas! De fato, as novas não poderiam ser melhores que estas!




                                          As obras da lei


1. Qual é o real objetivo da lei? O que ela não pode fazer? 

Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Rm 3:19-20. 

Por que este ponto é tão importante para todos os cristãos?

Paulo usa a palavra lei em seu sentido amplo, como os judeus de seus dias a entendiam. Pela palavra Torah (a palavra hebraica traduzida como “lei”), até hoje, um judeu pensa particularmente na instrução de Deus nos primeiros cinco livros de Moisés, mas também mais amplamente, em todo o Antigo Testamento. A lei moral, mais sua amplificação nos estatutos e juízos, bem como nos preceitos cerimoniais, era parte dessa instrução. Por causa disso, neste verso, podemos pensar na lei como o sistema do judaísmo.

Estar sob a lei significa estar sob sua jurisdição. No entanto, a lei revela as negligências e culpas de uma pessoa diante de Deus. A lei não pode remover essa culpa; o que ela pode fazer é levar o pecador a buscar um remédio para isso.

Na aplicação do livro de Romanos em nossos dias, quando a lei judaica não mais é um fator, pensamos na lei especialmente em termos da lei moral. Essa lei não pode nos salvar mais do que o sistema do judaísmo podia salvar os judeus. Salvar o pecador não é a função da lei moral. Sua função é revelar o caráter de Deus e mostrar ao povo onde este deixa de refletir esse caráter.

Qualquer que seja essa lei – moral, cerimonial, civil ou todas combinadas – a guarda de qualquer ou de todas, em si mesma, não tornará ninguém justo à vista de Deus. De fato, a lei nunca foi planejada para fazer isso. Ao contrário, a lei deve assinalar nossas negligências e nos levar a Cristo.

Assim como os sintomas de uma doença não podem curar a doença, também a lei não pode salvar. Os sintomas não curam; eles assinalam a necessidade de cura. É assim que a lei funciona.

Você tem sido bem-sucedido em seus esforços de guardar a lei? O que a resposta diz sobre a inutilidade de tentar ser salvo pela guarda da lei?   


 Extraído de:   http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/li432010.html


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