segunda-feira, 26 de julho de 2010

Justificação e a lei – (resumo do estudo nº 05)




Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. Romanos 4:1-2

Saber: Por que uma compreensão da fé nas providências de Deus para nossa justiça é o fundamento de um relacionamento correto com Ele tanto no Antigo como no Novo Testamento.
Sentir: As bênçãos da justificação pela fé.
Fazer: Abandonar obras próprias e pôr toda a confiança no que Cristo fez.

I. A fé demonstrada por Abraão
A. Por que Abraão, pai tanto dos circuncidados como dos incircuncisos, foi considerado justo? Qual é o significado de saber que esse fato ocorreu muito antes da distinção entre judeus e gentios, da outorga das leis de Moisés, ou da morte de Cristo na cruz?
B. Por que a justificação pela fé, em lugar da guarda da lei, é uma crença decisiva para todos em todas as eras?

II. As bênçãos da justificação
A. Embora Davi tivesse pecado gravemente, como Deus foi capaz de perdoá-lo?
B. Quais são as bênçãos de ser justificado pela fé?

E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado.  Rm 4:6-8).

III. Abandonar o eu em favor de Cristo
A. Visto que a lei não dá vida nem justiça, mas só faz a distinção entre justiça e pecado, o que devemos fazer para nos tornar justos e ter a vida eterna?
B. Como os que são salvos pelo sacrifício de Cristo devem se relacionar com a lei?

Resumo: 
Todos, em todos os tempos, têm a mesma necessidade de abandonar qualquer pensamento de praticar obras para a salvação mediante regras ou rituais. A salvação vem unicamente quando permitimos que Deus nos reconcilie pelo sangue que foi derramado por nós por Cristo Jesus.


Deus é a fonte, tanto da justiça em Sua lei como da graça vista na morte expiatória de Jesus Cristo que nos salva do pecado.


No estudo (5) desta semana,
discutimos e exploramos a relação entre a lei de Deus e Sua graça.

Imagine que você estivesse em uma escola que oferecesse só uma de duas notas: Aprovado ou Reprovado. O único problema seria que, para passar, você precisaria ter um relatório perfeito em cada problema, cada prova, cada tarefa. Uma só resposta errada, uma só, arruinaria suas chances de aprovação. Em outras palavras, você poderia acertar cada pergunta, cada vez e, então, se errasse a última pergunta na última prova, seria reprovado da mesma forma que alguém que tivesse errado todas as questões em todos os testes.

De certo modo, é assim a salvação. Precisamos de uma nota absolutamente perfeita para obter a salvação, santidade absolutamente perfeita, obediência absolutamente perfeita à lei de Deus. Qualquer coisa menos que isso levará à reprovação. O mais maravilhoso santo que tenha até a mínima culpa de caráter está no mesmo barco em que está o criminoso mais sórdido e mais degenerado. Sem justiça absoluta, estamos perdidos.

Agora, suponha que na escola houvesse um estudante que não só tirasse a nota perfeita mas se oferecesse a compartilhar aquela pontuação com você! Isto é, a pontuação perfeita seria sua, a única maneira de ser aprovado.

De certo modo, o evangelho é assim. Nenhum de nós tem nota para aprovação. Todos erramos mais de uma questão, com certeza, pois todos violamos a lei. Só Jesus tem justiça perfeita, e as boas-novas do evangelho são que Ele oferece essa justiça perfeita a todos os que a reivindiquem verdadeiramente pela fé.

Pense nisto: 
A lei de Deus se origina de Sua justiça, bondade e graça. Então, por que não faz nenhum sentido que Ele simplesmente a cancele, como tantos cristãos acreditam que Ele fez?

Comentário bíblico


I. Abraão (leia Rm 4)

Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça. Gn 15:6

Como seres humanos, tendemos a pôr outros seres humanos em um pedestal, às vezes, literalmente! Essa tendência nunca é mais verdadeira do que no modo de nós, cristãos, considerarmos as figuras bíblicas e outros grandes heróis da fé. O que esquecemos é que eles são heróis da fé. Eles são o que são porque tiveram fé no que Deus poderia fazer através deles e por eles, não porque eles houvessem nascido com um gene de santidade especial que a maioria de nós não tem.

Pense em Abraão. Ele é venerado por três religiões mundiais que concordam em pouca coisa mais. No mundo antigo, até os pagãos consideravam Abraão uma figura digna de respeito. O imperador pagão romano Alexandre Severo (que governou de 222 a 235 d.C.), perdendo espetacular e vistosamente o ponto, incluiu um busto de Abraão – junto com outros de Moisés, Jesus, Orfeu e Apolônio de Tiana – em sua capela particular.

Mas onde estava a grandeza de Abraão? Ele “
creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça” como está afirmado em Romanos 4:3 (NVI), citando Gênesis 15:6.

Abraão precisou ter a justiça creditada a ele porque não era justo por si mesmo. Ele cometeu erros. Às vezes, ele tomou suas decisões por covardia e falta de fé. Por exemplo, recapitule Gênesis 12:10-20, em que ele negou que Sara fosse sua esposa e permitiu que ela fosse levada por Faraó como concubina, e sua repetição desse erro com respeito a Abimeleque em Gênesis 20. E então, houve sua decisão, em Gênesis 16, de ajudar Deus a cumprir a promessa feita de lhe dar um filho. Em resumo, um exame mais detido revela que o passado de Abraão era tão cheio de fracassos quanto o de qualquer um de nós, e o dele está registrado nas Escrituras.

Nem a linhagem de Abraão era particularmente santa, embora os judeus do tempo de Paulo tivessem grande orgulho por ser da linhagem de Abraão. Este era descendente de Noé, como todos os outros habitantes da Terra. Embora os piores antediluvianos houvessem morrido, não deixando herdeiros, os descendentes de Noé logo provaram que tinham um talento significativo para trair e desapontar Deus. Esses foram os antepassados de Abraão.

Nem a predisposição de Abraão à bondade e santidade, nem sua herança, eram particularmente notáveis, mas Abraão foi especial, como alguns de nós podemos ser especiais: Ele creu que Deus podia transformá-lo, trabalhar por meio dele e abençoar o mundo através dele. Ele creu em Deus, o Senhor o aceitou como justo e o fez capaz de ser justo.

Pense nisto: Assim como Deus pretendia que Abraão fosse uma bênção ao mundo inteiro, apesar de suas falhas individuais, Deus quer abençoar o mundo inteiro por nosso intermédio. Como a história de Abraão o inspira a crer em Deus assim como Ele acredita em você?

II. Pela graça, mediante a fé

13  Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé.
14  Pois, se os da lei é que são os herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa,
15  porque a lei suscita a ira; mas onde não há lei, também não há transgressão.
16  Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós,  Rm 4:13-16

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;  Ef 2:8.)

Normalmente, graça e  são palavras intimamente relacionadas no Novo Testamento. Efésios 2:8 nos diz que “
pela graça sois salvos, mediante a fé”. A fé é o único meio de buscarmos a Deus. Mas até a fé seria vã se, antes, Deus não nos houvesse buscado. O ato de Deus nos buscar é um ato de graça, ou favor não merecido.

No Antigo Testamento, a palavra normalmente traduzida como graça se refere à consideração ou favor de uma pessoa para com outra, frequentemente, por nenhum motivo ou razão aparente. Usada teologicamente no Novo Testamento, significa quase o mesmo, a não ser pelo fato de que é Deus que nos vê e nos ama simplesmente pelo que Ele é e faz.

Além da graça, existe a lei de Deus. O Senhor nos deu os mandamentos, e tudo o que temos que fazer é obedecer-lhes. Afinal, são só dez! Mas a realidade é que, sem Deus, não temos a capacidade de obedecer nem mesmo àquelas dez simples verdades.

Será que Deus pode simplesmente abrir mão de todos ou alguns dos requisitos da lei? Não sem abrir mão de Sua justiça e santidade. Mas Deus pode estender mais graça a nós, e Ele o faz. Recebemos essa graça e dela nos apropriamos pela fé. Mediante a vida perfeita e o sacrifício expiatório de Seu Filho, Deus nos vê como se tivéssemos a justiça de Jesus.

Pense nisto: 
Como podemos exercer a fé que Deus nos dá a fim de receber Sua graça da salvação?

Use as perguntas para pensar sobre a relação entre a lei e a graça de Deus.

Perguntas para reflexão
No dias de Paulo, muita gente se confundia sobre a relação entre a lei e a graça. Alguns criam que era necessário obedecer à lei a fim de ser dignos de receber a graça. Outros até pensavam que era possível obedecer à lei sem referência à graça, assim acumulando créditos para salvação, por assim dizer, como uma conta a receber. Qual é a relação correta entre a graça e a lei?

Uma das razões por que a lei não pode ser mudada nem abolida é porque seus princípios essenciais representam a vontade e o caráter de Deus e, portanto, são eternamente válidos. Como você descreveria esses princípios em, no máximo, duas ou três frases?

Por que a crença de que se chega ao Céu ou alcança a salvação pelas boas obras ainda é tão disseminada, mesmo nos círculos cristãos?

Perguntas de aplicação
Mesmo com o conhecimento de que somos salvos pela graça, nossa tendência é ficar obcecados com nosso desempenho. Quais são os perigos dessa obsessão? Como podemos mudar nossa visão?

Embora Paulo e outros escritores do Novo Testamento enfatizem claramente a universalidade da salvação de Cristo, por que – mesmo na igreja cristã – ainda erguemos barreiras que podem ser artificiais?

Abraão creu na promessa de Deus, e o sinal de sua crença foi a circuncisão. Quais são os sinais exteriores pelos quais indicamos nossa convicção hoje?

Nesta semana, aprendemos que a lei de Deus ainda é válida por causa da salvação do pecado (não apesar dela) que nos é dada em Jesus Cristo.

A lei de Deus não é arbitrária. Podemos ver isso especialmente nos Dez Mandamentos, que resumem as regras para o comportamento humano para com Deus e de uns para com os outros. Nem mesmo o mais forte crente na anulação da lei pelo Novo Testamento desejaria viver em uma sociedade em que as pessoas ignorassem os princípios dos Dez Mandamentos ou os considerassem opcionais.

Escreva um ou mais dos Dez Mandamentos em um quadro de giz ou num projetor. Leia em voz alta.

Pergunte qual é o princípio que se encontra por trás desse mandamento e de que outras formas esse princípio poderia ser aplicado.



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