segunda-feira, 19 de julho de 2010

Justificados pela fé (resumo do estudo nº 04)




Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.   Romanos 3:28

Conhecer: O contraste entre a função da lei e a função da fé na justificação.
Sentir: Reconhecer as profundezas a que Deus desceu a fim de tomar sobre Si as consequências de nosso pecado.
Fazer: Aceitar a morte de Cristo por nós, que nos torna justos diante de Deus.

Esboço

I. A lei e o amor

A. Como a lei reproduz para nós um quadro da perfeição de Deus? Por que essa perfeição está ao nosso alcance unicamente pela fé em Cristo?
B. A morte de Cristo é o reconhecimento de que devemos mas não podemos atender às grandes expectativas da lei.
C. Deus aceita a vida e morte de Cristo com quitação daquela dívida.
D. Como devemos nos relacionar com a lei de Deus e com Seu amor, ambos ilustrados pela cruz?

II. Fundamentos da lei e do amor

A. O Rei do Universo é capaz de sustentar os fundamentos legais do Universo e, ao mesmo tempo, estender amor, esperança e misericórdia aos que se afastaram daqueles princípios.
B. De que maneira seu coração se estende quando tenta compreender a altura e a profundidade do alcance de Deus?

III. Nossa resposta

A. Qual deve ser nossa resposta diária quando compreendemos os justos requisitos da lei de Deus e nossa dependência de Cristo para ser nossa justiça?

Resumo: 
A lei de Deus é perfeita, e os seres humanos nunca podem alcançar esse padrão; mas quando aceitamos a justiça de Cristo, oferecida em lugar de nossas imperfeições, Deus nos considera justos.

Deus usará quaisquer e todos os meios em Seu poder para nos levar de volta a Sua família.

No estudo nº 04, desta semana, vamos analisar e tentar compreender a fé como nosso único meio de reconciliação com Deus.

Todos nós somos criminosos reincidentes. Não podemos sequer nos lembrar de quando começamos a cometer crimes. Tudo veio naturalmente. Afinal, crescemos com outros criminosos, alguns dos quais nos ensinaram – intencionalmente ou não – a cometer crimes cada vez maiores e piores.

Conhecemos a diferença entre o certo e o errado; portanto, não podemos alegar insanidade. Todos os nossos crimes são conhecidos do juiz e não podemos alegar inocência até que se prove nossa culpa, porque todos sabem que somos culpados. Pedir desculpas não ajuda. Enfrentamos sucessivas sentenças de prisão perpétua, só excedidas pelas sucessivas sentenças de morte.

Não existe esperança. Nenhum advogado é bom suficientemente para nos livrar, nem mesmo abrandar a pena. Mas espere! Aí vem aquele Homem de quem você ouviu falar. Como descrevê-Lo? Bem, Ele é algo como a combinação dos melhores traços de Gandhi, Madre Teresa, Mozart e Stephen Hawking, só que melhor. Ele está a caminho de receber diversos prêmios Nobel; mas, em vez disso, ele decide ir para seu julgamento. Para encurtar a história, ele aceita as punições que são legalmente suas e lhe dá a honra que é legalmente dEle. Onde existe isso em algum livro de direito? De repente, você está a caminho de Estocolmo, e Ele, a caminho da penitenciária. Como você se sente?

Pense nisto: 
Como seres humanos, temos muita dificuldade em perdoar os outros. Como devemos responder ao incrível ato de perdão de Deus?

I. Pecados: Encobertos ou apagados?    Gn 3;

O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.  Pv 28:13

a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;  Rm 3:25;

e sobre ela, os querubins de glória, que, com a sua sombra, cobriam o propiciatório. Dessas coisas, todavia, não falaremos, agora, pormenorizadamente.  Hb 9:5;

18  Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório;
19  um querubim, na extremidade de uma parte, e o outro, na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele.
20  Os querubins estenderão as asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estarão eles de faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório.
21  Porás o propiciatório em cima da arca; e dentro dela porás o Testemunho, que eu te darei.  Êx 25:18-21

Por mais que nos julguemos bons ou justos, nossa vida está cheia de pecados. Conhecemos essa verdade, e nossa resposta natural é encobri-los. Essa reação provém do Jardim do Éden, quando Adão e Eva perceberam que estavam nus e fizeram vestes de folhas (Gn 3:7). De certo modo, essa resposta é perfeitamente racional. Nossos pecados nos separam tanto de Deus como do melhor de nós mesmos. Eles precisam ser encobertos, a fim de podermos nos relacionar com um Deus santo e descobrir que tipo de pessoas Deus pretende que sejamos. Mas podemos fazer isso por nós mesmos?

Provérbios 28:13 diz simplesmente que “
o que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”. Em outras palavras, não podemos encobrir nossos pecados e esperar que permaneçam encobertos. Que acontece quando tentamos esconder nossa natureza pecaminosa? Primeiro, nossos motivos não são puros, quando escondemos nossos pecados. Mais frequentemente, somos motivados pelo desejo de parecer bons aos olhos das outras pessoas. Deus não Se deixa enganar e, bem no fundo, nós sabemos disso.

Segundo, esse encobrimento não é bom. Cedo ou tarde, o verdadeiro ser pecaminoso aparece pelos cantos de nossa máscara. Pense nas vestes de folhas feitas por Adão e Eva. Que acontece às folhas depois que você as arranca da árvore? Elas murcham, e lá está você, nu sob suas vestes.

Deus quer apagar seus pecados tanto quanto você – e ainda mais. Ele não quer apenas escondê-los; quer apagá-los. Só Ele pode fazer isso. Leia novamente Gênesis 3. Quando Deus achou Adão e Eva e investigou o que acontecera, Ele fez vestes de peles para cobrir sua nudez. Qual é a diferença entre o seu encobrimento e o de Deus? É a diferença entre folhas e couro. Essa é a diferença entre o fracasso e o perdão.

Nesse contexto, é importante notar que, na maioria das versões em português de Hebreus 9:5, as palavras expiação ou propiciação são realmente uma referência ao propiciatório na arca da aliança. Esse propiciatório era a tampa que cobria a arca da aliança. Em cima dessa tampa estavam dois querubins com as asas estendidas. No propiciatório, nossos pecados são apagados e tirados da vista de Deus. As palavras no original hebraico se referem mais à cobertura do que às noções legais da expiação.

Queremos que nossos pecados fiquem longe da vista. Só Deus, pela obra de Seu Filho Jesus Cristo, pode fazer com que eles desapareçam para sempre.

Pense nisto: 
Você confia em Deus para cobrir e apagar seus pecados, ou ainda está tentando fazer isso por si mesmo? Se for o último caso, o que o impede de buscar o perdão e a misericórdia de Deus?

II. Justificados pela fé

Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.   Rm 3:28

Deus quer perdoar, esconder e cancelar nossos pecados, e nós queremos que eles sejam perdoados, escondidos e cancelados. Como podemos, profanos e sujos como somos, nos aproximar de um Deus que é o oposto de todas essas coisas?

Uma vez mais, nos deparamos com a ideia da fé. Em nosso presente estado, se formos deixados a agir por nossa própria conta, não podemos nem compreender Deus com precisão. Então, Deus nos dá livremente os meios para nos comunicarmos com Ele. Esse meio é chamado de fé. Fé não é convicção, apenas. No contexto cristão, fé envolve confiança. Confiança em Deus como uma pessoa. A confiança de que Deus é real e que está trabalhando em nosso favor.

Fé não é necessariamente uma emoção. Nem sempre sentimos a presença de Deus, e nem sempre nos sentimos “fiéis”, ou cheios de fé. Cada ser humano tem seus momentos de dúvida, momentos em que está caminhando pela rua e de repente pensa: “Isso é real? Ou estou me enganando?” Nem a fé é algo a que chegamos por meio da lógica. A fé existe além da lógica, da emoção, e de todas as outras categorias humanas, porque é de origem divina.

Quando Deus nos dá essa fé, podemos reconhecer e vencer nossas debilidades humanas. Podemos confiar em Deus para remover os pecados e saber que Ele fez isso de um modo que está além de nossa forma habitual de saber e perceber. Além disso, recebemos o poder de nos tornarmos o povo que Deus desejava que fôssemos e fazer as coisas que esse povo faz.

Pense nisto: 
Como a fé muda de modo concreto e observável a forma de vivermos?

Somos salvos não por causa de nossa bondade, mas pela graça salvadora e pela bondade de Deus.

Perguntas para reflexão

Na lei e na justiça humanas, que paralelos se podem encontrar da substituição de Cristo por nós? O que este fato nos diz sobre a lei de Deus ser incompreensivelmente mais elevada que a lei humana? O que nos diz sobre o propósito da lei de Deus, comparada com a lei humana, que se preocupa principalmente com disciplina e castigo?

A justiça da lei e a justiça de Deus são idênticas ou complementares?

Como as pessoas eram salvas antes de Jesus Cristo aparecer na Terra, viver e morrer? Se eram salvas da mesma forma, você acha que elas entendiam o conceito de salvação assim como nós? Por quê? Na mesma linha, que coisas não entendemos sobre a salvação, no momento, mas entenderemos completamente mais tarde?

Perguntas de aplicação

Em teoria, a maioria de nós pode aceitar que pecado é pecado e que nenhum pecador é melhor que os outros. Por outro lado, a maioria prefere viver perto de um hipócrita ou de um fofoqueiro que de um assassino em série. A sociedade também desdenha ou condena alguns pecados mais que outros. Então, em que sentido os pecados são todos iguais?

O sacrifício de Cristo remove a culpa legal de nossos pecados, mas, frequentemente, podemos enfrentar circunstâncias presentes que são resultado de ações passadas. Como nossa aceitação por Deus pode parecer real nessas circunstâncias?

Unicamente por meio do sacrifício e da substituição de Cristo por nós é que podemos guardar a lei. Como, e por quê? É porque temos mais motivação? Por que temos acesso a um poder sobrenatural que não tínhamos antes? Explique.

Nesta semana, aprendemos que embora não sejamos merecedores da salvação, Deus a concedeu para nós, assim mesmo. Por que queremos continuar com tudo como está?

Um conceito-chave deste estudo nº 04, é a ideia de substituição. O registro da perfeita obediência de Cristo à lei substitui nosso registro de desobediência, obediência casual ou obediência pelos motivos errados. Por outro lado, podemos tentar substituir nossa justiça própria pela justiça que vem só de Deus.

Para ilustrar, enfatize a ideia de substituição. Em nosso mundo, existem todos os tipos de substitutos para as coisas, alguns benéficos, outros, inferiores ao original. Alguns exemplos do tipo benéfico: açúcar por mel, carne por soja, etc. Outros são prejudiciais: o escândalo do leite na Ásia, por exemplo, em que os fabricantes acrescentaram melamina à proteína em produtos lácteos, provocando enfermidades e morte. Peça outros exemplos da classe. Esteja preparado para extrair as analogias espirituais.





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