O assunto com o qual Paulo está lidando aqui é muito mais importante que apenas teologia. Chega ao cerne da salvação e de nossa relação para com Deus. Se alguém crê que deve obter aceitação, que deve alcançar certo padrão de santidade antes de ser justificado e perdoado, é natural que essa pessoa se volte para dentro e olhe a si mesma e suas ações! A religião pode se tornar sumamente egocêntrica, a última coisa de que alguém precisa.
Em contraste, se a pessoa entende a grande verdade de que a justificação é um dom de Deus, totalmente imerecido e indigno, como será mais fácil e mais natural para essa pessoa voltar sua atenção para o amor e a misericórdia de Deus em lugar do próprio eu?
E no fim, quem é mais provável que reflita o amor e o caráter de Deus – o que está envolvido com o próprio eu ou o que está absorvido com Deus?
3. Como Paulo expande o tema da justificação pela fé?
E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado. Rm 4:6-8
“O pecador tem que ir a Cristo, com fé, apropriar-se de Seus méritos, depor seus pecados sobre o Portador dos pecados e receber Seu perdão. Foi por esta causa que Cristo veio ao mundo. Assim é imputada a justiça de Cristo ao pecador arrependido e crente. Torna-se então membro da família real” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 215).
9 Paulo continua explicando que a salvação pela fé não era só para os judeus, mas também para os gentios Vem, pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça.
10 Como, pois, lhe foi atribuída? Estando ele já circuncidado ou ainda incircunciso? Não no regime da circuncisão, e sim quando incircunciso.
11 E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que crêem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça,
12 e pai da circuncisão, isto é, daqueles que não são apenas circuncisos, mas também andam nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso pai, antes de ser circuncidado. (Rm 4:9-12).
De fato, a rigor, Abraão não era judeu; ele vinha de uma linhagem pagã
Então, Josué disse a todo o povo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses. (Js 24:2).
A distinção entre gentio e judeu não existia em seu tempo. Quando Abraão foi justificado, ele não era nem circuncidado. (Gn 15:6 - Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça)
Assim, Abraão se tornou pai tanto dos incircuncisos quanto dos circuncidados, além de ser um grande exemplo usado por Paulo a fim de construir seu argumento sobre a universalidade da salvação. A morte de Cristo foi para todos, não importando raça ou nacionalidade
vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. (Hb 2:9).
Pense por alguns minutos no pecado e na restauração de Davi (2Sm 11, 12; Sl 51). Que esperança pode você obter dessa história triste? Existe uma lição aqui de como nós, na igreja, devemos tratar aqueles que caíram?
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