sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cristãos e não cristãos




Em Romanos 1, Paulo lidou especificamente com os pecados dos gentios, os pagãos, aqueles que perderam Deus de vista muito tempo antes e, assim, caíram nas práticas mais degradantes.

Mas ele também não iria deixar livre seu próprio povo, seus patrícios. Apesar de todas as vantagens que receberam os judeus também eram pecadores, condenados pela lei de Deus e carentes da graça salvífica de Cristo. Nesse sentido e no de ser pecadores, de ter violado a lei de Deus e de precisar da graça divina para a salvação, judeus e gentios estão no mesmo barco

1 Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?
2  Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus.
3  E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus?
4  De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado. (Rm 3:1-4 ),

5. Contra que perigo Paulo adverte os judeus? Que mensagem devemos todos nós, judeus ou gentios, tirar dessa advertência? 

1 Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas.
2  Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas.
3  Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus?
17 Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18  que conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei;
19  que estás persuadido de que és guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas,
20  instrutor de ignorantes, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade;
21  tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
22  Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos?
23  Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
24  Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa. Rm 2:1-3, 17-24

Não se julguem melhores que outros homens, nem se arvorem em seus juízes. Uma vez que não lhes é dado discernir os motivos, vocês são incapazes de julgar uns aos outros. Ao criticá-los, vocês estão sentenciando a si mesmos; pois mostram ter parte com Satanás, o acusador dos irmãos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 314).

É muito fácil ver e apontar os pecados dos outros. No entanto, com que frequência somos culpados das mesmas coisas, ou até piores! O problema é que nossa tendência é fazer vista grossa sobre nós mesmos, ou nos sentimos melhor constatando como são maus os outros em comparação a nós.

Paulo não caiu nessa armadilha. Ele adverte seus compatriotas a não ser rápidos para julgar os gentios, pois eles, os judeus – mesmo como povo escolhido – eram pecadores, em alguns casos ainda mais culpados que os pagãos que se apressavam em condenar porque, como judeus, haviam recebido mais luz que os gentios.

A lição de Paulo em tudo isso é que nenhum de nós é justo, nenhum de nós atende ao padrão divino, nenhum de nós é bom nem santo de nascença. Judeus ou gentios, homens ou mulheres, ricos ou pobres, tementes a Deus ou incrédulos, todos somos condenados e, se não fosse a graça de Deus, revelada no evangelho, não haveria esperança nenhuma para nós.

Quão grande hipócrita é você? Isto é, com que frequência, mesmo que seja em sua mente, você condena os outros pelas coisas de que você mesmo é culpado? Ouvindo o que Paulo escreveu no texto de hoje, como você pode mudar?                



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