pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, Romanos 3:23
Saber: Descrever a profundidade da depravação tanto dos pagãos como de professos cristãos sem Cristo.
Sentir: A necessidade desesperada de uma relação de salvação com Cristo.
Fazer: Cair sobre Cristo reconhecendo seu completo fracasso e Seu poder e disposição para salvar.
I. Afastados de Cristo, não temos esperança
B. Aqueles que foram santificados com o conhecimento de Deus mas não são íntimos com Ele podem estar em dificuldade muito maior que os que não conhecem Deus.
II. Olhando para cima
A. Quando sentimos o horror de nossa depravação e nossa grande necessidade de Deus, podemos decidir nos perder em sentimentos de desânimo e desespero, ou podemos lançar-nos sobre a bondade de Deus. O que experimentamos em nossa vida que demonstra a grande necessidade que temos de Deus e de um Salvador?
B. O que, em nossa experiência, demonstra o grande amor de Deus e Sua compaixão para conosco?
III. Contando com Cristo
A. Como respondemos à opressiva evidência de nossa natureza pecaminosa?
B. Como podemos expressar diariamente em oração a realidade de nossa necessidade de aceitar as providências de Cristo para nossa salvação?
Resumo: Tanto cristãos como pagãos devem reconhecer sua profunda necessidade e completa confiança no poder de Cristo para salvá-los de sua natureza pecaminosa.
No estudo desta semana, vamos aprender que a mera bondade humana não está à altura da justiça de Deus.
No século 18, pessoas atentas começaram a examinar a sociedade ocidental e perceber que, apesar de todas as alegações de cristianismo e moralidade, as pessoas ainda não eram boas. De fato, eram bastante más, e talvez estivessem em falta a civilização – incluindo enfaticamente a igreja. Eles perguntavam: Seria possível que as pessoas que eles chamavam “em estado natural” eram essencialmente boas, e que eram a Igreja, o Estado e a sociedade que as tornavam más?
Desde então, diversas ideologias e filosofias tentaram fazer a humanidade retornar a seu estado natural, virtuoso e feliz. A maioria das tentativas terminou em frustração ou catástrofe. A moralidade pessoal e social parece estar em queda livre. Se a sociedade nos torna maus e a natureza nos torna maus, que esperança existe? Continue lendo!
Pense nisto: Por que o fato de que nossa natureza é pecaminosa é tão difícil de aceitarmos?
Comentário bíblico
Nos tempos de Paulo, como agora, havia muitas vozes pregando muitos evangelhos diferentes. Alguns deles eram “cristãos” e mais alguma outra coisa. Talvez fosse alguma forma de legalismo herdado dos fariseus. Ou talvez, fossem uma mistura dos ensinos de Cristo com as cosmologias singulares e mapas do caminho para o além que habilitavam o portador a chegar um pouco mais depressa ao Céu. Todas essas coisas eram apresentadas como “o evangelho”, mas, supostamente, com um pouco mais de poder.
Com todas essas escolhas, por que o crente em perspectiva haveria de querer conformar-se ao evangelho de Paulo, que era simplesmente Cristo crucificado e ressuscitado? Era tão simples! Simples demais! Ou assim podia parecer a quem o visse sem os olhos da fé.
Na realidade, o evangelho de Paulo era o evangelho. Era não de Paulo, mas de Cristo. E ele não precisava ser suplementado com antiquados legalismos ou cosmologias especulativas. Não precisava de mais poder; era o próprio poder de Deus! E agora vai o mais chocante: não só não era aperfeiçoado pelo acréscimo de “alguma outra coisa”; o evangelho não podia coexistir com “alguma outra coisa”.
Porém, de fato, havia alguma outra coisa: a fé, o novo sentido que Deus nos dá a fim de percebermos Suas obras poderosas. Para quem não o tinha, o evangelho era simplista e ilógico. Como a morte de um ser histórico em um distante posto avançado do Império Romano poderia alcançar a salvação para alguém? Esse pensamento era contrário aos sistemas filosóficos e religiosos – de então e de agora – que apelavam ao ouvinte com lógica poderosa, lisonja e complexas explicações do significado da vida.
O evangelho de Paulo – e de Cristo – pode ter parecido fraco e tolo para os intelectuais da antiguidade, como parece para muitos pós-modernos de hoje; mas seu verdadeiro poder pode ser visto na vida daqueles que permitem que Deus lhes dê o novo sentido conhecido como fé e para transformá-los por meio dela. Todos nós queremos ser melhores do que somos, mas só Deus pode fazer isso por nós, e o evangelho é Seu meio de alcançá-lo.
Pense nisto: Por que o evangelho de Cristo crucificado e ressuscitado é tudo de que precisamos para a salvação?
Nessa passagem, Paulo se dirige a pessoas que creem ser justificadas pelas obras, tratam com desprezo outras pessoas que, aparentemente, são menos justas que elas próprias (mas que, na realidade, são apenas menos educadas), mas que elas mesmas deixam de atender aos próprios padrões. Podemos imaginá-las racionalizando – dando a si mesmas uma tolerância que nunca dariam aos outros – porque, de alguma forma, são favoritas de Deus. Seguramente, Deus omitiria suas minúsculas transgressões, porque, de outra forma, são tão exemplares.
Paulo assinala corretamente que as transgressões dessas pessoas não são tão minúsculas e que elas, de fato, fazem tudo ou quase tudo o que condenam nos outros. Imaginando de alguma forma estar livres do juízo, contradizem sua própria teologia e condenam, não aos outros, mas a si mesmas. De fato, são piores que o ignorante que tem um senso rudimentar de certo e errado e tenta viver de acordo com sua percepção.
Outro ponto é que, embora sejamos todos pecadores e deixemos de guardar a lei, nosso fracasso não é algo que possamos considerar levianamente. Todos pecam, mas não existe segurança nos números. A obediência à lei é esperada, e se falharmos, seremos condenados. Deus nos redimiu pela Sua graça, mas o elevado preço foi a morte cruel, dolorosa e solitária de Seu Filho.
Pense nisto: Referindo-se às recompensas e castigos da obediência ou desobediência à lei, por que Paulo enfatizou que essas coisas sobreviriam “ao judeu primeiro e também ao grego”? (Rm 2:9).
Perguntas para reflexão
Paulo estava certo quando se referiu ao “evangelho de Cristo” em Romanos 1:16 (DO) (Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;)
Tem sido pregado do púlpito que “você não precisa ser bom para ser salvo, mas precisa ser salvo para ser bom”. Você concorda? Por quê? É possível ser bom sem ser salvo? Nesse contexto, qual é o significado de “bom”?
Por que é tão difícil hoje convencer as pessoas a respeito da pecaminosidade humana? Por que esse reconhecimento é decisivo para que seja aceita a salvação oferecida por Jesus Cristo? Como você apresentaria polidamente esse conceito aos que não o entendem ou não o aceitam?
Quais são os perigos de percebermos muito severamente os pecados dos outros? Veja Romanos 2.
Para enfatizar o nível de santidade que teríamos que alcançar para ser aceitos por Deus mediante nossos próprios méritos, faça o seguinte: Encha uma garrafa com água. Ponha sobre ela em letras grandes uma etiqueta: “Água Quase Pura”. Se não conseguir preparar, pergunte à classe se alguém quereria beber uma “água quase pura”. Tenha copos ou garrafas disponíveis. Quase certamente, eles perguntarão por que a água é “quase” pura em vez de totalmente pura. Diga que contém mais ou menos 1 por cento de lodo, pesticidas e alguma substância química não identificada, mas que os outros 99 por cento são definitivamente água da fonte mais pura. Pergunte novamente se alguém quer beber. Provavelmente, eles não vão querer.
Destaque a lição de que nossa quase-bondade é a mesma para Deus. Mesmo que sejamos 99 por cento justos – e provavelmente não sejamos tudo isso – também somos 1 por cento de veneno. Para a água ser boa para beber, precisa ser filtrada ou destilada para remover as impurezas. Jesus é nosso filtro ou destilador.
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