sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Amor







Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 


O amor é paciente, é benigno; 
o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 


O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. 


Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. 


Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. 


Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 



Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 


E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 


O amor é paciente, é benigno; 
o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 


O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. 


Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. 


Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. 


Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.-  1 Coríntios 13



ESBOÇO


I. O amor de Deus vem a nós como Seu dom


A. Primeira aos Coríntios 13 afirma claramente que o amor de Deus é o maior poder do Universo:


1. Como podemos definir o amor de Deus?


2. Como o amor de Deus enche nosso coração? (Veja Rm 5:5  -  Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado)


B. O amor precisa ser expresso. Quais são as evidências de que o amor está trabalhando em nossa vida em relação a:


1. Outras pessoas?


2. Para com Deus?


C. Como o amor pode envolver elementos de dor? Abnegação? Alegria? Paz? Frustração? Rejeição? Sacrifício?


II. O amor é a base da salvação


Que razões existem para que confiemos na realidade e natureza inextinguível do amor de Deus?


III. O amor de Deus, demonstrado em Cristo, desafia nossas relações para com Deus e outras pessoas


A. Por que não existe razão para duvidar da realidade do amor de Deus por nós, individualmente?


B. Se alguma vez sentirmos que somos tão maus que Deus não nos pode amar, qual é o remédio?


C. Que dano e perda sofremos se duvidarmos do amor de Deus?


Resumo: O amor vem de Deus. É inextinguível. Isso traz paz, confiança e liberdade à nossa vida. Quando Deus o demonstra por nosso intermédio, Ele abençoa e enriquece infinitamente outras vidas. Cristãos amorosos e amáveis são inestimáveis.



O amor é o maior dos dons espirituais porque sustenta, guia e informa os outros dons e tudo o que esperamos realizar como cristãos.


O amor não é principalmente um sentimento mas um modo consistente e disciplinado de se relacionar com o mundo.



Em 25 de junho de 1967, os Beatles lançaram “Tudo que você precisa é amor”. De acordo com seu gerente, Brian Epstein, “o melhor de tudo é que essa mensagem não pode ser mal-interpretada. É uma mensagem clara dizendo que o amor é tudo”. – “All you need is love”, http://en.wikipedia.org/wiki/All_You_Need_Is_Love.


Mas pode ser e foi mal-interpretada. Não se deve imaginar saber o que os Beatles queriam dizer – convenientemente, eles se esqueceram de definir o amor – mas o Novo Testamento é bastante claro que o amor não é principalmente uma emoção positiva, mas um modo de ser.


Pense nisto:
Quem ou o que você ama? 
Como você mostra isso? 
Por exemplo, se você ama a Deus, você se esforça para conhecer Sua vontade para sua vida e agir de acordo com ela?


Se “tudo que você precisa é amor”, essas são necessariamente boas-novas para nós como seres humanos, se considerarmos que o amor é mais que apenas ter sentimentos positivos sobre algo ou alguém? Onde se pode obter amor?


Como 1 Coríntios 13:4-7 deixa claro, o amor é o princípio central da fé cristã. Para o pensamento moderno, o amor é um conceito nebuloso. O apóstolo Paulo queria definir claramente tanto o que é o amor como o que não é. Grande parte de sua descrição – especialmente a parte negativa, infelizmente – pode ter surgido de sua observação do comportamento dentro da comunidade cristã.


Comentário bíblico
I. Philia

(Recapitule Tt 3:4  -  Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos)


O grego Koine em que Paulo escreveu tinha quatro palavras diferentes para amor. Estas eram agapephiliaeros storge. Dessas, só agape e philia são usadas com alguma frequência no Novo Testamento. Storge, o amor necessitado de uma criança pequena por seu pai ou mãe, é usada só uma vez – na combinação da palavra philostorgos em (Romanos 12:10  - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros)   para descrever o amor mútuo de pais e filhos ou de marido e esposa. 


Eros, embora não se referira necessariamente ao amor sexual, inclui isso e aparece só duas vezes nas traduções gregas do Antigo Testamento 


(Pv 7:18  -   Vem, embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã; gozemos amores.


Pv. 30:16  - Elas são a sepultura, a madre estéril, a terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta!).


Philia é a palavra que chega mais perto do significado comumente entendido da palavra portuguesa amor. Ela se refere principalmente ao afeto sentido por alguém em relação a outra pessoa, ou possivelmente uma coisa ou ideia. A maioria sabe, por exemplo, que Filadélfia – o nome de uma cidade antiga – significa “amor fraternal” ou, mais literalmente, “afeição fraternal”.


Muitos comentaristas dirão que philia é o amor condicional, e é verdade no sentido de que o afeto provém da apreciação das qualidades de seu objeto. Mas não é condicional no sentido em que são eros ou storge, os quais incluem o uso egoísta de seu objeto para satisfazer necessidades ou lascívia.


Os escritores do Novo Testamento consideravam philia uma palavra útil e um tanto neutra moralmente, e a usaram muitas vezes para descrever tudo, desde o “amor do dinheiro” (philarguria1Tm 6:10) ao amor a Deus (philotheos2Tm 3:4 -  traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus).


No entanto, primeiramente, Philia era uma palavra que se referia ao sentimento. A fim de descrever o amor de Deus, mostrado no sacrifício de Jesus Cristo, o Novo Testamento precisou de uma palavra diferente, que existia, mas raramente era usada. Essa palavra foi agape.


Pense nisto: Por que o amor philia não é suficiente para descrever o amor de Deus? (Veja Mt 5:46, 47   -  Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? )


II. Agape

(Recapitule 1Co 13:4-7  - O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta)


A palavra amor, usada por Paulo em 1 Coríntios 13:4-7 é agape. Embora essa palavra grega já fosse usada, seu uso era raro. Ela se referia ao amor como emoção geral, sem a particularidade e parcialidade de philia


Na tradução grega Septuaginta do Antigo Testamento, agape foi muito frequentemente usada para traduzir o hebraico ahaba, possivelmente por causa do som semelhante das palavras.


Provavelmente, agape tenha sido usada tão extensamente no Novo Testamento por dois motivos:


Primeiro: os primeiros cristãos, a quem Paulo e outros autores do Novo Testamento escreveram, ou eram judeus que falavam o grego ou gentios gregos que tiraram da Septuaginta a maior parte de seu conhecimento sobre o Antigo Testamento. 


Segundo: a palavra agape expressa melhor a generalidade e imparcialidade do amor de Deus como se vê em Cristo.


Talvez a melhor ilustração da diferença entre philia e agape seja a conversa entre Jesus e Pedro em João 21:15-17  -  Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.  


Em português, essa sequência é quase incompreensível. Pode parecer que Jesus estivesse Se repetindo para enfatizar ou estava duvidando da sinceridade de Pedro. Ou, possivelmente, Jesus estivesse dando a Pedro a oportunidade de afirmar por três vezes o que antes ele havia negado três vezes. 


Embora possa haver alguma validade nessas interpretações, é importante saber que, nas primeiras duas vezes em que Jesus perguntou a Pedro se O amava, Ele usou a palavra agapeo, e Pedro respondeu com a palavra phileo, indicando que sua devoção não era tudo o que devia ser. Imagine dizer a Deus que você gosta muito dEle. Por que Pedro se entristeceu quando Jesus lhe perguntou pela terceira vez se O amava? Porque Jesus usou intencionalmente a mesma palavra que Pedro usou: phileo, indicando que havia notado a dedicação incompleta de Pedro.


Pense nisto: Que se pode entender sobre a dedicação de Pedro no uso da palavra philia àquela altura? É possível ter alguma luz sobre seu comportamento nos eventos relacionados com a crucifixão?


O amor é fundamental para a vida em si, e no amor de Deus vemos o amor em sua forma perfeita.


Perguntas para reflexão


1. Visto que o amor, como definido na Bíblia, é mais uma questão da vontade, da mente e dos atos que da emoção, ele ainda seria um tanto estéril e frio se não envolvesse as emoções. Qual é o lugar das emoções no esquema bíblico? Por que é correto dizer que devem estar sujeitas à vontade, à mente e aos atos, em vez de guiá-los?

2. Jesus disse que devemos amar os inimigos (
Mt 5:44   Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem). Quem eram os inimigos de Jesus? Como Ele lhes mostrou amor?


Perguntas de aplicação


1. Jesus diz que devemos amar o próximo como a nós mesmos (Mt 22:37-39  - Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo). Assim, entende-se que amamos a nós mesmos e que é correto e apropriado fazer assim. 


O que significa amar a nós mesmos? 
Como isso se ajusta com o conselho de morrer para a si mesmo em Romanos 8:13Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. 
Qual é a diferença entre o amor bíblico por si mesmo e o egoísmo e a indulgência própria que as pessoas consideram ser amor próprio?

2. De acordo com (
João 13:35  -  Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros), os discípulos de Cristo serão conhecidos pelo fato de que amam uns aos outros. Discutivelmente, esse pode ser o ponto distintivo da vida e prática cristã. Mas é o mais difícil de fazer. De fato, muitos de nós achamos mais fácil inundar de amor estranhos e possíveis futuros conversos do que mostrar bondade comum aos membros da igreja ou membros da família a quem conhecemos há anos. Por quê? Como podemos adquirir o hábito de mostrar amor e apreciação de uns para com os outros?


A atividade seguinte pretende enfatizar o amor como a virtude central da vida e experiência cristã de modo a tornar real o amor na consideração da própria vida. Escolha a atividade que seja mais adequada à capacidade ou ao temperamento de sua classe.


Examine com a classe as qualidades positivas e negativas do amor em 1 Coríntios 13:4-7. Imagine alguém lendo esses versos em um culto na igreja e, então, deixando o púlpito e fazendo ou dizendo algo espalhafatosamente invejoso, orgulhoso, etc. Qual seria a reação quando alguém lhe mostrasse que está errado? Racionalizaria suas ações? Ficaria ofendido? Ele se arrependeria?


Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/frlic212010.html




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