Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Efésios 4:32
ESBOÇO
I. Amabilidade – Sinal de um coração convertido
A. O respeito às outras pessoas foi a característica distintiva da vida de Jesus. Isso também se aplica a nós?
B. Como Jesus tratava os que se opunham a Ele? Como tratava Judas? O sumo sacerdote?
C. Embora seja verdade que expressamos melhor a amabilidade aos outros quando a experimentamos nós mesmos, por que o tratamento deles para conosco não deve ser a base para nossa maneira de os tratarmos?
D. Qual é o resultado da amabilidade em nosso testemunho?
II. Os efeitos da descortesia nos outros
A. Como a compreensão de que as palavras e ações indelicadas ferem e diminuem as pessoas pode nos ajudar:
1. A ser amáveis?III. Mostrando amabilidade
2. Sentir dor por nossos atos de rudeza?
A. O texto-chave menciona como a amabilidade de Deus a nós deve nos motivar a agir da mesma formas para com outros.
1. Como cristãos, qual é a importância da amabilidade?Resumo: A amabilidade é essencial para a cultura cristã. Ser grosseiro e rude nos fere e também aos outros. A misericórdia de Deus nos motiva a praticar misericórdia em direção aos outros. A amabilidade de Cristo é nosso modelo.
2. Como a conduta desagradável, rude e nociva afeta nossa influência?
3. Ser amável é uma opção ou obrigação?
4. Como você defende sua resposta anterior?
5. Como os traços de caráter desenvolvidos em atos de amabilidade influenciam positivamente nossa vida?
Ao mesmo tempo em que comenta as histórias bíblicas abaixo, destaque aspectos importantes de cada história para ilustrar a amabilidade.
I. Sendo que Deus nos trata melhor do que merecemos, devemos tratar os outros com a mesma amabilidade.
Lc 7:36-50 - Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento. Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados. Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.
Quando Maria ofereceu o perfume a Jesus, nem Judas nem Simão responderam amavelmente pelo fato de que uma mulher de má reputação estivesse tocando Jesus. Mas, em notável contraste, Jesus respondeu com apreciação mui generosa que a memória de Maria duraria enquanto essa história fosse contada. Ao conectar a história de Maria à Sua própria, o tributo de Jesus ao ato de amabilidade de Maria foi eterno.
O tratamento que Maria deu a Jesus proveio de um coração transbordante de amor, e Jesus atribuiu sua gratidão ao fato de ela ter sido muito perdoada. Jesus está disposto a perdoar a todos nós, inclusive Judas e Simão. Mas nem Judas nem Simão reconheceram ou apreciaram a profundeza da paciência e ternura de Jesus com suas culpas e quanto estava Ele disposto a perdoar. Se o tivessem feito, eles também poderiam ter oferecido algum presente de gratidão em vez de invejar o presente de Maria. No entanto, suas respostas às observações de Cristo foram muito diferentes. Judas achou que o comentário de Jesus fosse um insulto e endureceu sua determinação de trair Jesus. Por mais mesquinho e egoísta que fosse Simão, quando viu como Jesus o conhecia e como Ele Se absteve de o envergonhar em público, ele respondeu ao dom de amor de Jesus. “Simão foi tocado pela bondade de Jesus em não o repreender abertamente diante dos hóspedes. Não fora tratado como desejara que Maria o fosse. Viu que Jesus não desejava expor sua culpa diante dos outros, mas buscava, por uma exata exposição do fato, convencer-lhe o espírito e, por piedosa bondade, vencer-lhe o coração” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 567).
Pense nisto: Por que alguns corações são endurecidos e outros são suavizados pela amabilidade de Deus por nós? Como a maneira de Deus nos amar se traduz em nossa maneira e amar os outros?
II. A importância das palavras amáveis
1Sm 25 - Faleceu Samuel; todos os filhos de Israel se ajuntaram, e o prantearam, e o sepultaram na sua casa, em Ramá. Davi se levantou e desceu ao deserto de Parã. Havia um homem, em Maom, que tinha as suas possessões no Carmelo; homem abastado, tinha três mil ovelhas e mil cabras e estava tosquiando as suas ovelhas no Carmelo. Nabal era o nome deste homem, e Abigail, o de sua mulher; esta era sensata e formosa, porém o homem era duro e maligno em todo o seu trato. Era ele da casa de Calebe. Ouvindo Davi, no deserto, que Nabal tosquiava as suas ovelhas, enviou dez moços e lhes disse: Subi ao Carmelo, ide a Nabal, perguntai-lhe, em meu nome, como está. Direis àquele próspero: Paz seja contigo, e tenha paz a tua casa, e tudo o que possuis tenha paz! Tenho ouvido que tens tosquiadores. Os teus pastores estiveram conosco; nenhum agravo lhes fizemos, e de nenhuma coisa sentiram falta todos os dias que estiveram no Carmelo. Pergunta aos teus moços, e eles to dirão; achem mercê, pois, os meus moços na tua presença, porque viemos em boa hora; dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, qualquer coisa que tiveres à mão. Chegando, pois, os moços de Davi e tendo falado a Nabal todas essas palavras em nome de Davi, aguardaram. Respondeu Nabal aos moços de Davi e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos são, hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei donde vêm? Então, os moços de Davi puseram-se a caminho, voltaram e, tendo chegado, lhe contaram tudo, segundo todas estas palavras. Pelo que disse Davi aos seus homens: Cada um cinja a sua espada. E cada um cingiu a sua espada, e também Davi, a sua; subiram após Davi uns quatrocentos homens, e duzentos ficaram com a bagagem. Nesse meio tempo, um dentre os moços de Nabal o anunciou a Abigail, mulher deste, dizendo: Davi enviou do deserto mensageiros a saudar a nosso senhor; porém este disparatou com eles. Aqueles homens, porém, nos têm sido muito bons, e nunca fomos agravados por eles e de nenhuma coisa sentimos falta em todos os dias de nosso trato com eles, quando estávamos no campo. De muro em redor nos serviram, tanto de dia como de noite, todos os dias que estivemos com eles apascentando as ovelhas. Agora, pois, considera e vê o que hás de fazer, porque já o mal está, de fato, determinado contra o nosso senhor e contra toda a sua casa; e ele é filho de Belial, e não há quem lhe possa falar. Então, Abigail tomou, a toda pressa, duzentos pães, dois odres de vinho, cinco ovelhas preparadas, cinco medidas de trigo tostado, cem cachos de passas e duzentas pastas de figos, e os pôs sobre jumentos, e disse aos seus moços: Ide adiante de mim, pois vos seguirei de perto. Porém nada disse ela a seu marido Nabal. Enquanto ela, cavalgando um jumento, descia, encoberta pelo monte, Davi e seus homens também desciam, e ela se encontrou com eles. Ora, Davi dissera: Com efeito, de nada me serviu ter guardado tudo quanto este possui no deserto, e de nada sentiu falta de tudo quanto lhe pertence; ele me pagou mal por bem. Faça Deus o que lhe aprouver aos inimigos de Davi, se eu deixar, ao amanhecer, um só do sexo masculino dentre os seus. Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, desceu do jumento e prostrou-se sobre o rosto diante de Davi, inclinando-se até à terra. Lançou-se-lhe aos pés e disse: Ah! Senhor meu, caia a culpa sobre mim; permite falar a tua serva contigo e ouve as palavras da tua serva. Não se importe o meu senhor com este homem de Belial, a saber, com Nabal; porque o que significa o seu nome ele é. Nabal é o seu nome, e a loucura está com ele; eu, porém, tua serva, não vi os moços de meu senhor, que enviaste. Agora, pois, meu senhor, tão certo como vive o SENHOR e a tua alma, foste pelo SENHOR impedido de derramar sangue e de vingar-te por tuas próprias mãos. Como Nabal, sejam os teus inimigos e os que procuram fazer mal ao meu senhor. Este é o presente que trouxe a tua serva a meu senhor; seja ele dado aos moços que seguem ao meu senhor. Perdoa a transgressão da tua serva; pois, de fato, o SENHOR te fará casa firme, porque pelejas as batalhas do SENHOR, e não se ache mal em ti por todos os teus dias. Se algum homem se levantar para te perseguir e buscar a tua vida, então, a tua vida será atada no feixe dos que vivem com o SENHOR, teu Deus; porém a vida de teus inimigos, este a arrojará como se a atirasse da cavidade de uma funda. E há de ser que, usando o SENHOR contigo segundo todo o bem que tem dito a teu respeito e te houver estabelecido príncipe sobre Israel, então, meu senhor, não te será por tropeço, nem por pesar ao coração o sangue que, sem causa, vieres a derramar e o te haveres vingado com as tuas próprias mãos; quando o SENHOR te houver feito o bem, lembrar-te-ás da tua serva. Então, Davi disse a Abigail: Bendito o SENHOR, Deus de Israel, que, hoje, te enviou ao meu encontro. Bendita seja a tua prudência, e bendita sejas tu mesma, que hoje me tolheste de derramar sangue e de que por minha própria mão me vingasse. Porque, tão certo como vive o SENHOR, Deus de Israel, que me impediu de que te fizesse mal, se tu não te apressaras e me não vieras ao encontro, não teria ficado a Nabal, até ao amanhecer, nem um sequer do sexo masculino. Então, Davi recebeu da mão de Abigail o que esta lhe havia trazido e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; bem vês que ouvi a tua petição e a ela atendi. Voltou Abigail a Nabal. Eis que ele fazia em casa um banquete, como banquete de rei; o seu coração estava alegre, e ele, já mui embriagado, pelo que não lhe referiu ela coisa alguma, nem pouco nem muito, até ao amanhecer. Pela manhã, estando Nabal já livre do vinho, sua mulher lhe deu a entender aquelas coisas; e se amorteceu nele o coração, e ficou ele como pedra. Passados uns dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu. Ouvindo Davi que Nabal morrera, disse: Bendito seja o SENHOR, que pleiteou a causa da afronta que recebi de Nabal e me deteve de fazer o mal, fazendo o SENHOR cair o mal de Nabal sobre a sua cabeça.
Davi havia sido insultado, e jurou temerariamente retribuir insulto com violência. Abigail o encontrou no caminho. Ela se curvou diante dele, tratando-o como um rei, e suas palavras amáveis e discurso humilde mudaram a conduta de um homem irado. “A piedade de Abigail, semelhante ao perfume de uma flor, exalava de seu rosto, de suas palavras e ações, sem que disso ela se apercebesse. O Espírito do Filho de Deus habitava em seu coração. Seu discurso, adubado pela graça, e cheio de bondade e paz, derramava uma influência celestial” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 667).
Com suas palavras bondosas e respeitosas, Abigail conseguiu fazer com que Davi percebesse quão tola e impulsiva era sua paixão por vingança, e Davi tremeu quando percebeu quão próximo estivera de agir precipitadamente contra alguém que o desprezara. No entanto, essas não eram apenas as palavras de uma mulher sábia. Eram evidência de que o Espírito de Deus vivia em seu coração e moldava suas palavras.
Pense nisto: Que situações enfrentamos em que nossas palavras tranquilas e amáveis podem intervir em uma situação explosiva e, talvez, evitar dificuldades? Como nossas palavras podem derramar a influência celestial?
III. Amabilidade em casa e entre estranhos
(Recapitule Rute 1, 2.)
Noemi era estrangeira em Moabe, e Rute era estrangeira em Belém. Rute não precisava voltar para a terra de sua sogra, mas, uma vez lá, ela assumiu a tarefa de prover sustento para Noemi e para si mesma em campo estranho, onde estava sujeita a sofrer abuso. Quão aliviada ela deve ter ficado ao encontrar amabilidade em Boaz. E ele, que era tão amável, foi rápido em reconhecer isso na mulher que estava respigando em seus campos.
Existem muitas outras histórias de hospitalidade nas Escrituras. Existe a história do casal que alimentou e abrigou Eliseu, gesto que o profeta apreciou muito, e Deus o recompensou (2Rs 4:8-37). Abraão, Ló e talvez outros, por hospedarem estranhos, “sem o saber acolheram anjos” (Hb 13:2); Somos aconselhados a fazer o mesmo.
O próprio Jesus, mesmo debaixo da crise mais agonizante que o Universo conheceu, proveu previdentemente o sustento de Sua mãe (Jo 19:25-27). Atos de amabilidade devem azeitar as rodas de todas as nossas interações com os outros, mas especialmente em casa. “Os que estimam o espírito de Cristo manifestarão polidez no lar, um espírito de benevolência mesmo nas pequenas coisas. Buscarão constantemente tornar todos felizes ao seu redor, esquecendo de si mesmos em sua bondosa atenção para com os outros. Este é o fruto que nasce na árvore cristã” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 423, 424).
Pense nisto: Que lhe parece saber que o Juiz de toda a Terra faz Seu melhor para falar amavelmente a cada um de nós, desculpando nossas fraquezas até onde for possível? Quão ternos devemos ser com os que têm problemas, que são fracos e tentados? Que oportunidades temos de ser bondosos tanto em casa como entre os de fora?
Conta-se que a frase “Pratique bondade aleatória e atos sem sentido de beleza” parece ter sido cunhada pela ativista da paz Anne Herbert que a teria escrito no tapete de um restaurante em 1982 ou 1983. Muitos filmes, livros e websites começaram a absorver ou se basear no conceito, inclusive o filme A Corrente do Bem, de 2000, e o livro Random Acts of Kindness [Atos Aleatórios de Bondade], publicado em 1993 pela Conari Press.
Perguntas para reflexão
1. Jesus disse que o ato de bondade de Maria seria contado em memória dela. Relembre com sua classe antigas histórias de atos de amabilidade que você experimentou. O que torna memoráveis esses atos?
2. Rememore algumas das coisas bondosas, generosas, previdentes que Deus lhe fez. Que atos amáveis de Deus são mais memoráveis para você?
Você pode fazer cópias de várias das ideias abaixo e desafiar os amigos a tentar uma delas durante a próxima semana. Sugira que, se tiverem algumas experiências interessantes, podem lhe relatar, mesmo por e-mail.
1. Faça uma caminhada pela natureza e examine seu ambiente em busca de atos aleatórios de bondade que Deus não precisava ter feito, mas que fez, ainda assim.
2. Um website da Fundação Atos Aleatórios de Bondade, http://www.actsofkindness.org, oferece sugestões, histórias e citações sobre bondade. Uma história, oferecida anonimamente, diz assim: “Eu estava procurando tornar feliz o dia de alguém. Então, saí, comprei algumas flores e pus uma flor nos envelopes plásticos de jornal no bairro. Pus flores nos envelopes de todos que pude achar, até as flores terminarem. No dia seguinte, meu vizinho disse: ‘Encontrei uma flor no meu jornal!’ e respondi: ‘Alguém gosta de você!’” Que coisas anônimas seriam interessantes fazer para as pessoas de seu bairro?
3. Cristo pediu dos discípulos no Jardim de Getsêmani uma bondade que eles estavam muito fracos para oferecer. Ele estava carente de reconhecimento e apreciação, especialmente por parte daqueles por quem Ele estava oferecendo o maior de todos os sacrifícios. Porém, Ele Se lembrou de ser amável para com Maria, mesmo na ocasião escura de Seu julgamento e crucifixão. Esse ato serviu de força e conforto para Ele. Embora não possamos recuperar aquelas oportunidades perdidas de servir a Cristo, examine Mateus 25:34-46.
Cada pequena coisa que fazemos aos outros, Cristo conta como feitas a Ele. “Cristo dá valor aos atos de sincera cortesia. Quando alguém Lhe prestava um favor, com celestial delicadeza Ele o abençoava. Não recusava a mais singela flor arrancada pela mão de uma criança e a Ele oferecida com amor” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 564). Que amabilidade você pode oferecer a Cristo nesta semana?
Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/frlic612010.html
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