sábado, 23 de janeiro de 2010

O fruto do Espírito Santo é paciência







Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança (paciência),  . Ora, a perseverança (paciência), deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.  Tiago 1:2-5


ESBOÇO

I. Aprendendo a paciência



O texto-chave reúne os dons do Espírito: alegria e paciência.


1. Como sabemos que precisamos ter paciência? Por que achamos difícil mostrá-la? Em que situações é mais difícil exercê-la? 


2. Rememorem situações em que foram impacientes. Como acham que as situações poderiam ter sido evitadas?


3. Onde entra a alegria em situações que exigem paciência?


II. A necessidade de desenvolver a paciência


O desenvolvimento da paciência, como todos os dons do Espírito, pede o exercício do poder de escolha. Como podemos lidar com os fracassos em mostrar paciência?


III. Praticando a paciência em meio ao conflito


A. Tendo em conta que, frequentemente, o conflito é parte inevitável da vida, como podemos nos preparar mais eficazmente para ele?


B. Tiago diz que devemos “saber” ou entender, que a perseverança na provação de nossa fé leva à paciência e maturidade espiritual. Como podemos responder à provação de modo que nos ajude a evitar a impaciência? A preocupação com o próprio eu está na raiz da impaciência.


Resumo: Frequentemente, o desenvolvimento da paciência é difícil. A contemplação da paciência de Deus para conosco pode ajudar. A compreensão de que o egoísmo é um grande empecilho ao crescimento nos leva a buscar a graça de Deus para o amadurecimento espiritual.


A paciência é uma característica divina que tolera as fraquezas. Dá oportunidade de aprender, crescer e voltar a Deus.


A fim de demonstrar paciência em ação, descubra alguém que esteja disposto a demonstrar, como lição objetiva, algum processo de um ofício que requeira cuidado e tempo. “Todos os que neste mundo prestam verdadeiro serviço a Deus e ao homem recebem um preparo prévio na escola das aflições. Quanto mais pesado for o encargo e mais elevado o serviço, maior será a prova e mais severa a disciplina” (Ellen G. White, Educação, p. 151).



Pense nisto: Requer paciência, cuidado e muito tempo para executar um trabalho de qualidade. Deus pôs todas essas coisas em Seu trabalho conosco. Um artigo produzido manualmente com habilidade geralmente é muito valorizado. Por quê? Como Deus avalia o trabalho de Suas mãos? Como Seus longos esforços para conosco nos dá a paciência necessária para trabalhar longa e cuidadosamente com os outros?


Somos peregrinos em uma jornada rumo ao Céu. Uma parte importante de nossa caminhada espiritual é a paciência. Que é paciência? Como a paciência está relacionada com o caráter de Deus? Por que ela é tão importante para a experiência e o crescimento espiritual?


Comentário bíblico


Gálatas 5:16-26  -  Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros.


Nos versos acima, o apóstolo Paulo apresenta a vida cristã como uma guerra entre a vida na carne e a vida no Espírito. Depois de advertir os cristãos a renunciar às obras da carne, o apóstolo os admoesta a viver para produzir o “fruto do Espírito”. A produção de fruto é uma parte essencial da experiência de salvação e crescimento espiritual. Depois de descrever três aspectos desse fruto – amor, alegria e paz – o apóstolo destaca um quarto aspecto significativo: a paciência.


I. Paciência: Definição bíblica

Gl 5:22; - Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade, bondade, fidelidade


Êx 34:6 E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo (paciência) e grande em misericórdia e fidelidade; 


O Novo Testamento usa duas palavras para paciência. A primeira, hupomone, é traduzida como paciência ou perseverança 


(Rm 5:3  -  E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança (paciência);


2Co 6:4 -  Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, 


2Ts 1:4  -  a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa constância (paciência) e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais,  


Nestes textos, paciência não significa resignação mas persistência em toda aflição que nos sobrevém na jornada espiritual. A segunda, makrothumia, longanimidade, é fruto do Espírito (Gl 5:22). 


A palavra, também traduzida como “paciência”, indica a característica que o cristão deve ter para com os outros, mesmo que sejam hostis, provocadores e vingativos. Sem a paciência, não podemos caminhar dignamente em nosso chamado cristão 


(1Co 13:4 -  O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,  


Cl 3:12 - Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade (paciência). 


1Ts 5:14  -  Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos (pacientes)  para com todos.


Paciência ou longanimidade é um fruto do Espírito Santo. Como virtude a ser desenvolvida em um redimido, a paciência não pode ter origem nos seres humanos. A própria natureza humana é pecaminosa (Rm 3:23  - pois todos pecaram e carecem da glória de Deus) e, assim, é propensa à ira, pressa, impaciência e intolerância. Por outro lado, espera-se que uma pessoa redimida com a nova vida no Espírito tenha seu fruto: paciência.


Esta é mais que tolerância; é makrothumia – longanimidade, também traduzida por bondade, generosidade, magnanimidade, em um mundo notório pela vingança rápida e insensata. 


"não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado. Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas; ... (2 Cor. 6:3-10)


Por exemplo, 2 Coríntios 6:3-10 menciona como fruto do Espírito, tanto a “paciência” como a “longanimidade” e motiva o cristão a enfrentar as probantes aflições e obstáculos irritantes da vida.


Longanimidade é voltar a outra face (Mt 5:39 - Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;). 


É paciência com propósito redentivo. É estar vestido do Espírito, dado ao cristão para estabelecer um novo modo de conduta moral 


(Cl 3:12-17)  - Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. 


Pense nisto: A maior parte das religiões considera que a paciência é uma característica de fragilidade, mas a Bíblia apresenta a paciência como uma virtude. Comente as duas posições.


II. Paciência: o caráter de Deus


Em uma das autorrevelações mais impressionantes e íntimas de Deus, Ele Se revela como “compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade” (Êx 34:6). Se Sua misericórdia e graça buscam nos salvar, se Sua bondade e verdade nos firmam no caminho da justiça, é Sua longanimidade que nos habilita a caminhar o longo e estreito caminho, colocar nossa confiança naquele que, mesmo quando caímos, nos deu o “Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1). A paciência de Deus capacita a perseverança dos santos.


Pense nisto: Deus é santo, justo e íntegro. Ele também é amoroso, gracioso e longânimo. Como esses dois conjuntos de características se complementam?


III. Paciência: O mandado do Espírito para o cristão

Rm 15:5  -  Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus,  


1Tm 6:11, 12 -  Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.  


Tg 1:2-4 - Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.


A experiência e o crescimento cristãos determinam que nossa conduta reflita o caráter de Deus. Por esta razão, Paulo ora para que “o Deus da paciência” nos conceda “o mesmo sentir de uns para com os outros” (Rm 15:5). Esse mandamento de ser pacientes deve refletir o Deus da paciência, sem limite nem fronteira (Rm 5:5Tg 1:2-41Tm 6:11, 12).


Assim, o “homem de Deus” é chamado a “buscar” a perseverança, juntamente com “a justiça, a piedade, a fé, o amor” a fim de combater o bom combate da fé que leva à vida eterna (1Tm 6:11, 12). Sem o perseverante efeito da paciência, dificilmente o crescimento e a maturidade cristãos conseguem alcançar sua gloriosa consumação (Tg 1:3, 4).


Pense nisto: O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade. Em que sentido a última pode ser ligada aos primeiros três?


Dê exemplos de coisas que mais provam a paciência nas seguintes áreas: com você mesmo, com sua família (irmãos, pais, filhos), no emprego, na igreja e na comunidade. Discuta como se relacionar com essas situações com piedosa paciência, usando exemplos das histórias bíblicas para orientar a discussão.


Embora Davi tenha sido ungido para se tornar rei, ele teve que esperar muitos anos e viver de forma perigosa, rude e difícil antes de ser capaz de tomar o trono (1Sm 16–24). Ele aprendeu a depender completamente de Deus para conforto e apoio. Frequentemente, ele não fazia um movimento antes de buscar o conselho de Deus. Mas esses longos anos de dependência de Deus para todas as necessidades ensinaram a Davi as lições de que ele precisava para ser um rei bondoso e temente a Deus. “Foi mediante o preparo na escola das dificuldades e tristezas que Davi se habilitou a declarar que ‘julgava e fazia justiça a todo o seu povo’” (2Sm 8:15; Ellen G. White, Educação, p. 152).


Pense nisto: Que experiências que você teve lhe ensinaram paciência? Como podem ser úteis em seu futuro serviço a Deus?


Aplicação à vida diária


Onde entra em cena o limite da paciência? Qual é a diferença entre tolerância e paciência? Alguns dilemas na educação dos filhos tratam de questões sobre quanto tempo devemos ser pacientes com os filhos que estão aprendendo lições e quando devemos deixar que colham as consequências ou usar firmeza no amor. Situações semelhantes ocorrem no mundo adulto, em que um amigo ou membro da família faz más escolhas e precisamos estabelecer limites em um ou outro ponto. Que princípios entram em jogo nessas situações?


Comente os passos pelos quais podemos aprender do caráter de Deus e transferir os pensamentos e sentimentos de frustração, que levam à perda de paciência, à dependência de Deus para ajustar a atitude. Parte da discussão pode incluir como impor limites à paciência.


Atividade final: Volte aos textos e promessas relativos à paciência. Em um gesto simbólico para reivindicar essas promessas, coloque as mãos nos textos e promessas da Bíblia enquanto você ora pelo cumprimento dessas promessas na semana que entra.




Um comentário:

  1. Ola meu irmão, estou vindo agradecer por voce está nos seguindo.
    Parabéns pelo lindo trabalho.

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    Fique na paz de Cristo.
    A ideologia não se mantém pelo que você domina, mas com o que você pensa e idealiza (LC).
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    Luiz clédio

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