quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O amor é multidimensional






“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13:13).


Leituras: Dt 6:5Mt 5:43-48Mt 7:1222:39Lc 10:25-371Co 13:4-7


Não é por acaso que a lista de Paulo sobre as características que identificam o fruto do Espírito começa com o amor. O amor é a virtude suprema para os cristãos porque é a que melhor descreve o caráter de Deus. Foi o amor que motivou Deus a nos criar, nos sustentar, tornar-Se conhecido a nós e nos dar Seu Filho a fim de nos redimir.


João diz isso clara e simplesmente – “Deus é amor” (1Jo 4:16). O amor é uma característica tão central de Seu caráter, que deve também ser o centro de nosso caráter. “Aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele” (v. 16).


Infelizmente, a palavra amor é hoje aplicada a muitas coisas. Dizemos frequentemente que amamos o tempo, amamos nossa comida favorita, amamos nosso cachorro. Mas esses tipos de amor não passam pelo teste do verdadeiro amor divino (veja 1 Coríntios 13). 


É algo totalmente diferente, que afeta toda a nossa existência, nosso estilo de vida, nosso modo de nos relacionar com os outros. Os ingredientes do amor são um todo, não uma lista da qual podemos escolher o que mais nos atrai enquanto desconsideramos o restante. Como veremos nesta semana, o amor verdadeiro não é assim.








O amor é multidimensional


“Respondeu Jesus: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” (Mt 22:37-39; veja também Dt 6:5  Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força).


Como em todos os trabalhos escritos, as traduções da Bíblia escolhem diferentes palavras para expressar a mesma coisa. Por exemplo, na primeira bem-aventurança, encontramos as expressões “humildes de espírito” (RA), “pobres de espírito” (RC) e “pobres em espírito” (NVI). E todas essas traduções estão corretas. Então, é útil recorrer ao idioma original para definir os significados da palavra, a fim de estudar o fruto do Espírito. 


Em Deuteronômio 6:5, a palavra hebraica amor é ahab, que tem uma variação de significados semelhante à palavra amor em português, desde o infinito amor de Deus por Seu povo aos desejos dos seres pecaminosos. 


Os homens podem amar o mal (Sl 52:3  - Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente), mas também podem amar o bem (Am 5:15  - Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei na porta o juízo; talvez o SENHOR, o Deus dos Exércitos, se compadeça do restante de José). Em cada caso, o contexto determina que aspecto do amor é destacado. 


Em Deuteronômio 6:5, o amor de que Jesus fala com relação ao maior mandamento é a mais nobre e mais elevada forma de amor abnegado que cada pessoa deve ter para com Deus e os outros (veja Lc 10:25-37).


O povo judeu já sabia que o mandamento número um era amar a Deus com todo o coração, alma, mente e, como Marcos acrescenta, força (veja Mc 12:30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força). Ao apontar para todos esses quatro aspectos do ser humano, Jesus simplesmente reúne tudo o que a pessoa é. Ele está dizendo: "Você precisa amar a Deus com todo o seu ser.” Sua intenção não é separar o sentido individual de cada palavra; no entanto, pode-se ganhar muito estudando esses quatro aspectos.


1. Qual é a primeira lição importante dos evangelhos sobre o amor? 


Mt 7:12; - Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.


Mt. 22:39  -  O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 


Amar o próximo como a si mesmo significa amar todas as pessoas com todo o coração. O amor mencionado nesse “segundo mandamento” é o mesmo do “primeiro mandamento”. É o amor em ação, envolvendo a vontade e a intenção. Pois amar o próximo como a si mesmo significa cuidar da outra pessoa assim como você cuidaria de si mesmo.


É fácil falar de amar os outros como a si mesmo; o que não é fácil é fazer isso. Como você está nessa área? Como você pode aprender as difíceis lições de morrer para o eu a fim de ministrar às necessidades dos outros?




Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/frlic212010.html

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